Economia

China diz que é difícil negociar com os EUA "com uma pistola na têmpora"

Segundo o vice-ministro do Comércio da China, "o governo americano abandonou sua compreensão mútua em relação à China", ressaltou

CHINA E EUA: os EUA impuseram tarifas as exportações chinesas no valor de US$ 200 bilhões (Damir Sagolj/Reuters)

CHINA E EUA: os EUA impuseram tarifas as exportações chinesas no valor de US$ 200 bilhões (Damir Sagolj/Reuters)

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EFE

Publicado em 25 de setembro de 2018 às 06h00.

Última atualização em 25 de setembro de 2018 às 08h39.

Pequim - O vice-ministro do Comércio da China, Wang Shouwen, lamentou nesta terça-feira as dificuldades que os Estados Unidos estão colocando na busca por uma solução para a guerra comercial entre as duas economias e afirmou que é difícil de realizar negociações "com os EUA colocando uma pistola em nossa têmpora".

O governo americano "abandonou sua compreensão mútua em relação à China", ressaltou o vice-ministro, em entrevista coletiva transmitida pelos veículos de imprensa oficiais chineses, e realizada um dia depois que Pequim e Washington impuseram tarifas sobre as exportações procedentes do mercado um do outro, aumentando o conflito comercial.

Wang afirmou que as tarifas chinesas que entraram em vigor ontem, aplicadas a exportações americanas no valor de US$ 60 bilhões, foram uma represália que Pequim não teve escolha de não fazer, e previu que vai doer em alguns exportadores em setores como gás natural liquefeito.

Os EUA impuseram tarifas as exportações chinesas no valor de US$ 200 bilhões, e estes e os da China se somam aos que iniciaram os dois países em julho, no valor de US$ 50 bilhões, no início da guerra comercial.

O governo chinês publicou ontem um relatório sobre as tensões comerciais com Estados Unidos, onde insistiu que China está tentando responder com "o mais alto nível de paciência e boa fé" às pressões de Washington, que ele acusou de "intimidação comercial".

Apesar das notícias da imprensa americana que garantiram no fim de semana que China tinha cancelado uma nova rodada de negociações com os EUA, o relatório disse que a porta para o diálogo permaneceu aberta, desde que as conversas "se baseiem em respeito mútuo e igualdade".

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