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China diz estar aberta a produtos industriais do Brasil

Ministro chinês disse no Itamaraty que o gigante asiático está aberto às manufaturas brasileiras

"A China respondeu que apesar de estarmos em déficit, não vamos adotar medidas que possam prejudicar o Brasil", disse Chen Deming, ministro de Comércio da China (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2011 às 14h25.

Brasília - Apesar da cobrança do governo brasileiro em relação à diversificação da pauta de exportações para a China, principal parceiro comercial do País e comprador principalmente de commodities, o ministro de Comércio chinês, Chen Deming, afirmou hoje no Itamaraty, em Brasília, que o gigante asiático está aberto aos produtos industriais brasileiros, mas pediu maior abertura nacional aos investimentos estrangeiros.

Segundo o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Antônio Patriota, a reunião de hoje com o representante da China serviu para o aprofundamento e a implementação de compromissos firmados entre os países durante a visita da presidente Dilma Rousseff à China, sobretudo os acordos que dizem respeito aos setores de carnes bovina e suína, além da aviação. "Tivemos uma reunião muito produtiva, que examinou aspectos técnicos específicos sobre comércio, investimentos, harmonização estatística, propriedade intelectual", completou Patriota.

Segundo Deming, o Brasil é o nono maior parceiro comercial da China, sendo o mais importante da América Latina, com corrente de comércio anual de mais de US$ 60 bilhões, com superávit brasileiro. "O superávit da parte brasileira é satisfatório, mas o País pede que o comércio seja mais diversificado. A China respondeu que apesar de estarmos em déficit, não vamos adotar medidas que possam prejudicar o Brasil", afirmou o ministro chinês, após a reunião com Patriota e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.

Deming alegou que o mercado consumidor chinês, em franca expansão, está aberto às mercadorias industrializadas brasileiras e cabe aos empresários do País aproveitar as oportunidades chinesas. "Quanto à diversificação (das vendas brasileiras), é o consumidor quem escolhe. Esperamos que bons produtos brasileiros entrem no mercado chinês. O primeiro pré-requisito é que haja diversificação no Brasil", completou.

Por isso, o ministro chinês também cobrou uma maior abertura do Brasil quanto aos investimentos estrangeiros. Deming destacou a intenção brasileira de expandir a indústria, mas ressaltou que o País ainda tem sérias deficiências de infraestrutura de ferrovias e portos, além de um potencial de energia elétrica subutilizado. "Temos a intenção e a vontade de ampliarmos investimentos no Brasil, sobretudo em infraestrutura, turismo e tecnologia verde", afirmou, citando também as indústrias automobilística e farmacêutica, além do setor agrícola.

Deming lembrou que os investimentos chineses em outros países já somam US$ 59 bilhões e afirmou que estão sendo discutidos investimentos de US$ 1 bilhão no Brasil. O ministro citou uma indústria de equipamentos de resgates com planos de US$ 200 milhões para abertura de fábrica no País e afirmou que uma montadora chinesa deseja produzir carros em solo brasileiro.

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Brasília - Apesar da cobrança do governo brasileiro em relação à diversificação da pauta de exportações para a China, principal parceiro comercial do País e comprador principalmente de commodities, o ministro de Comércio chinês, Chen Deming, afirmou hoje no Itamaraty, em Brasília, que o gigante asiático está aberto aos produtos industriais brasileiros, mas pediu maior abertura nacional aos investimentos estrangeiros.

Segundo o ministro de Relações Exteriores do Brasil, Antônio Patriota, a reunião de hoje com o representante da China serviu para o aprofundamento e a implementação de compromissos firmados entre os países durante a visita da presidente Dilma Rousseff à China, sobretudo os acordos que dizem respeito aos setores de carnes bovina e suína, além da aviação. "Tivemos uma reunião muito produtiva, que examinou aspectos técnicos específicos sobre comércio, investimentos, harmonização estatística, propriedade intelectual", completou Patriota.

Segundo Deming, o Brasil é o nono maior parceiro comercial da China, sendo o mais importante da América Latina, com corrente de comércio anual de mais de US$ 60 bilhões, com superávit brasileiro. "O superávit da parte brasileira é satisfatório, mas o País pede que o comércio seja mais diversificado. A China respondeu que apesar de estarmos em déficit, não vamos adotar medidas que possam prejudicar o Brasil", afirmou o ministro chinês, após a reunião com Patriota e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.

Deming alegou que o mercado consumidor chinês, em franca expansão, está aberto às mercadorias industrializadas brasileiras e cabe aos empresários do País aproveitar as oportunidades chinesas. "Quanto à diversificação (das vendas brasileiras), é o consumidor quem escolhe. Esperamos que bons produtos brasileiros entrem no mercado chinês. O primeiro pré-requisito é que haja diversificação no Brasil", completou.

Por isso, o ministro chinês também cobrou uma maior abertura do Brasil quanto aos investimentos estrangeiros. Deming destacou a intenção brasileira de expandir a indústria, mas ressaltou que o País ainda tem sérias deficiências de infraestrutura de ferrovias e portos, além de um potencial de energia elétrica subutilizado. "Temos a intenção e a vontade de ampliarmos investimentos no Brasil, sobretudo em infraestrutura, turismo e tecnologia verde", afirmou, citando também as indústrias automobilística e farmacêutica, além do setor agrícola.

Deming lembrou que os investimentos chineses em outros países já somam US$ 59 bilhões e afirmou que estão sendo discutidos investimentos de US$ 1 bilhão no Brasil. O ministro citou uma indústria de equipamentos de resgates com planos de US$ 200 milhões para abertura de fábrica no País e afirmou que uma montadora chinesa deseja produzir carros em solo brasileiro.

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