Economia

China deve definir meta de crescimento mais flexível em 2017

Medida busca ajudar o país a reformar suas pesadas e não competitivas empresas estatais, considerada prioridade do governo

Banco da China: autoridades contam com o crescimento do setor de serviços para ajudar a combater os efeitos nocivos da reestruturação (Liu Jin/AFP/AFP)

Banco da China: autoridades contam com o crescimento do setor de serviços para ajudar a combater os efeitos nocivos da reestruturação (Liu Jin/AFP/AFP)

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Reuters

Publicado em 2 de janeiro de 2017 às 12h47.

Pequim - A China deve definir uma meta de crescimento econômico mais flexível neste ano para criar mais espaço para reformas, disse o membro do comitê de política monetária do banco central Huang Yiping para a agência oficial de notícias Xinhua, sugerindo uma faixa entre 6,0 e 7,0 por cento, ante uma de 6,5 a 7,0 por cento em 2016.

A China tem feito da reforma de suas pesadas e não competitivas empresas estatais --muitas são indústrias pesadas-- uma prioridade, uma vez que o excesso de capacidade e os trabalhadores ociosos absorvem os recursos que essas empresas "zumbis" têm.

As autoridades contam com o crescimento do setor de serviços para ajudar a combater os efeitos nocivos da reestruturação, enquanto a fraca demanda global e a persistente fraqueza das exportações pressionam a segunda maior economia do mundo.

Segundo Huang, enquanto os velhos motores de crescimento da economia perdem impulso, os novos ainda não são robustos o suficiente para substituí-los, o que é o maior problema para a economia chinesa no momento.

"As reformas devem visar facilitar a reestruturação econômica e eliminar a 'velha capacidade' do mercado", disse ele à Xinhua em uma entrevista publicada nesta segunda-feira.

Separadamente, Huang também disse que à medida que mais residentes chineses olham para o exterior para diversificar suas carteiras de investimentos, as saídas de capital "durarão por um certo período".

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