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China confia que Venezuela pode lidar com questão da dívida

Após obter termos melhores para sua dívida com a Rússia, a Venezuela também recebeu um voto de confiança da China

Venezuela: país pegou empréstimos de bilhões de dólares da Rússia e da China (Andres Martinez Casares/Reuters)
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Reuters

Publicado em 16 de novembro de 2017 às 10h02.

Pequim - O Ministério das Relações Exteriores da China reiterou nesta quinta-feira que acredita que a Venezuela será capaz de lidar com sua dívida, à medida que o país sul-americano começou a fazer pagamentos de juros de títulos na sequência de um atraso que ameaçava levar a um calote.

A Venezuela pegou empréstimos de bilhões de dólares da Rússia e da China, principalmente por meio de acordos de troca de petróleo, que prejudicaram a entrada de moeda estrangeira no país por exigirem que carregamentos de petróleo sejam usados para pagar tais empréstimos.

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Na quarta-feira, a Venezuela obteve termos melhores para sua dívida com a Rússia, além de um voto de confiança da China -- dois países que podem dar fôlego ao governo de Caracas enquanto esta tenta manter a solvência de sua economia profundamente deprimida.

Indagado se a China teme que a dívida não será saldada, o porta-voz da chancelaria chinesa Geng Shuang disse em um boletim regular à imprensa que a cooperação financeira China-Venezuela prossegue normalmente.

"Acreditamos que o governo e o povo da Venezuela têm capacidade de lidar devidamente com a questão de sua dívida", disse Geng.

Os preços dos títulos venezuelanos passaram os últimos 10 dias em uma montanha russa, já que o presidente Nicolás Maduro convocou os investidores para conversar sobre uma reestruturação das dívidas, ao mesmo tempo em que prometeu honrar as obrigações da nação.

Mas a S&P Global Ratings declarou o país em calote seletivo de dois de seus títulos soberanos no início desta semana por ter deixado de emitir os cupons dentro de um período de tolerância de 30 dias.

Ainda na quarta-feira o ministro da Economia venezuelano disse que iniciou a transferência de 200 milhões de dólares em pagamento de juros sobre estes títulos, que vencem em 2019 e 2024.

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