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China anuncia intenção de abrir fábricas no Brasil

Com as novas fábricas, a intenção é promover troca de tecnologia na área de infraestrutura e mobilidade

A presidente Dilma Rousseff durante cerimônia de assinatura de acordos com a China: o Brasil também tem intenções de ampliar as relações, comprando mais dos chineses e também vendendo mais (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2015 às 15h00.

Rio de Janeiro - O primeiro-ministro da China , Li Keqiang, comentou hoje (20) o plano de cooperação de US$ 53 bilhões assinado com o Brasil ontem (19), incluindo 35 acordos em áreas como infraestrutura , transporte e agropecuária.

De acordo com o premiê, Pequim quer elevar o grau de relacionamento entre os países e ir além das trocas comerciais. A intenção, anunciou, é instalar fábricas no país e promover troca de tecnologia na área de infraestrutura e mobilidade.

“Manifestei [ao governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão] que gostaríamos de instalar fábricas ou bases para produção e manutenção dos futuros metros e vagões [de trens] no Rio. Assim podemos promover o emprego local e treinar os trabalhadores brasileiros”, afirmou, na exposição de equipamentos manufaturados da China, na zona portuária.

Li Keqiang acabava de chegar de passeio em um dos vagões chineses comprados para o metrô. O estado comprou 100 trens, 34 composições para o metrô e sete barcas nos últimos anos, do país asiático.

“São equipamentos modernos, adquiridos a um preço extremamente competitivo e entregues em tempo recorde”, disse o governador, que pretende ampliar as relações, com financiamento chinês, nas áreas de saneamento básico, internet e mobilidade.

Ao discursar para executivos chineses e brasileiros, o premiê disse que vê oportunidades para aumentar a capacidade produtiva entre os países. Destacou o acordo que estudará a instalação de uma ferrovia ligando o Brasil ao Oceano Pacífico, passando pelo Peru, e que permitirá aumento do comércio com a Ásia.

“Com essa ferrovia, a produção do Brasil vai avançar”, afirmou Li, defendendo os produtos chineses, que terão mais facilidade para chegar ao continente:

“De nossa parte, podemos garantir que todos nossos produtos são de boa qualidade e atendem às exigências para proteger o meio ambiente”, declarou. Ele também reforçou a intenção de ampliar a importação de produtos de “tradição brasileira”, os agropecuários.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que representava a presidenta Dilma Rousseff no evento, informou que o Brasil também tem intenções de ampliar as relações, comprando mais dos chineses, mas também vendendo mais.

A China, atualmente, importa do Brasil matérias-primas, enquanto vende produtos industrializados, de maior valor agregado.

“Nossas trocas bilaterais cresceram 500% em 10 anos, de US$ 12 bilhões para US$ 80 bilhões e a China é, desde 2009, o primeiro parceiro comercial do Brasil”, mencionou Vieira.

“O futuro é promissor entre os nossos países”, completou, lembrando os 35 acordos firmados ontem e as negociações entre empresas brasileiras como a Vale e a Petrobras com instituições chinesas.

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Rio de Janeiro - O primeiro-ministro da China , Li Keqiang, comentou hoje (20) o plano de cooperação de US$ 53 bilhões assinado com o Brasil ontem (19), incluindo 35 acordos em áreas como infraestrutura , transporte e agropecuária.

De acordo com o premiê, Pequim quer elevar o grau de relacionamento entre os países e ir além das trocas comerciais. A intenção, anunciou, é instalar fábricas no país e promover troca de tecnologia na área de infraestrutura e mobilidade.

“Manifestei [ao governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão] que gostaríamos de instalar fábricas ou bases para produção e manutenção dos futuros metros e vagões [de trens] no Rio. Assim podemos promover o emprego local e treinar os trabalhadores brasileiros”, afirmou, na exposição de equipamentos manufaturados da China, na zona portuária.

Li Keqiang acabava de chegar de passeio em um dos vagões chineses comprados para o metrô. O estado comprou 100 trens, 34 composições para o metrô e sete barcas nos últimos anos, do país asiático.

“São equipamentos modernos, adquiridos a um preço extremamente competitivo e entregues em tempo recorde”, disse o governador, que pretende ampliar as relações, com financiamento chinês, nas áreas de saneamento básico, internet e mobilidade.

Ao discursar para executivos chineses e brasileiros, o premiê disse que vê oportunidades para aumentar a capacidade produtiva entre os países. Destacou o acordo que estudará a instalação de uma ferrovia ligando o Brasil ao Oceano Pacífico, passando pelo Peru, e que permitirá aumento do comércio com a Ásia.

“Com essa ferrovia, a produção do Brasil vai avançar”, afirmou Li, defendendo os produtos chineses, que terão mais facilidade para chegar ao continente:

“De nossa parte, podemos garantir que todos nossos produtos são de boa qualidade e atendem às exigências para proteger o meio ambiente”, declarou. Ele também reforçou a intenção de ampliar a importação de produtos de “tradição brasileira”, os agropecuários.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que representava a presidenta Dilma Rousseff no evento, informou que o Brasil também tem intenções de ampliar as relações, comprando mais dos chineses, mas também vendendo mais.

A China, atualmente, importa do Brasil matérias-primas, enquanto vende produtos industrializados, de maior valor agregado.

“Nossas trocas bilaterais cresceram 500% em 10 anos, de US$ 12 bilhões para US$ 80 bilhões e a China é, desde 2009, o primeiro parceiro comercial do Brasil”, mencionou Vieira.

“O futuro é promissor entre os nossos países”, completou, lembrando os 35 acordos firmados ontem e as negociações entre empresas brasileiras como a Vale e a Petrobras com instituições chinesas.

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