Economia

Chile e Brasil negociam com "urgência" acordo de livre-comércio

"Trata-se de um país amigo, com o qual queremos maiores níveis de integração", disse o ministro chileno das Relações Exteriores, Roberto Ampuero

TLC: entre os temas a tratar estão política de concorrência, comércio de serviços, telecomunicações, comércio eletrônico e assuntos trabalhistas e de meio ambiente (Jorisvo/Thinkstock)

TLC: entre os temas a tratar estão política de concorrência, comércio de serviços, telecomunicações, comércio eletrônico e assuntos trabalhistas e de meio ambiente (Jorisvo/Thinkstock)

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AFP

Publicado em 7 de agosto de 2018 às 14h07.

Última atualização em 7 de agosto de 2018 às 14h09.

Chile e Brasil iniciaram nesta terça-feira (7), em Santiago, a segunda rodada de negociações de um Tratado de Livre-Comércio (TLC), com "senso de urgência" para poder concluir as negociações durante este ano.

O TLC busca complementar em matérias "não tarifárias" o atual Acordo de Associação Econômica (ACE-35) vigente entre os dois países, que liberou 100% do comércio bilateral.

"Avançamos com o Brasil para uma etapa nova e superior. Negociar um TLC é um dos temas relevantes da nossa política externa", disse o ministro chileno das Relações Exteriores, Roberto Ampuero, citado em um comunicado da Chancelaria local.

"Trata-se de um país amigo, com o qual queremos maiores níveis de integração e um mercado de 210 milhões de habitantes para os empreendedores chilenos", acrescentou o diplomata.

Entre os temas a tratar nesta nova rodada de negociações estão assuntos regulatórios, facilitação de comércio, política de concorrência, comércio de serviços, telecomunicações, comércio eletrônico e assuntos trabalhistas e de meio ambiente.

"As equipes negociadoras imprimiram neste trabalho um senso de urgência para avançar de forma substancial na discussão das propostas apresentadas, definindo assim os compromissos distintos a serem cumpridos", acrescentou a nota da Chancelaria.

A primeira rodada de negociações aconteceu entre 6 e 8 de junho em Brasília, e "espera-se poder ter uma última rodada durante o mês de outubro deste ano para assinar o acordo" ainda em 2018.

O Brasil é o principal parceiro comercial do Chile na América Latina e maior destino de seus investimentos no exterior. Em 2017, o intercâmbio bilateral alcançou 8,5 bilhões de dólares.

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