Economia

Cheque pode virar transação eletrônica

Deve chegar ao Banco Central (BC) em abril o projeto do Sistema Brasileiro de Conversão Eletrônica de Cheques (SBCEC), um sistema elaborado por cerca de 20 empresas e associações que pretende transformar todo cheque emitido no Brasil em um arquivo eletrônico. Com a aprovação do sistema, será criada a Câmara de Conversão Eletrônica, uma sociedade […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h28.

Deve chegar ao Banco Central (BC) em abril o projeto do Sistema Brasileiro de Conversão Eletrônica de Cheques (SBCEC), um sistema elaborado por cerca de 20 empresas e associações que pretende transformar todo cheque emitido no Brasil em um arquivo eletrônico.

Com a aprovação do sistema, será criada a Câmara de Conversão Eletrônica, uma sociedade anônima, sem fins lucrativos, que centralizará todos os cheques convertidos para o meio eletrônico. Segundo afirmou Carlos Pastor, presidente da Abracheque, o sistema de transmissão de dados será alinhado à Rede do Sistema Financeiro Nacional, na qual são, por exemplo, processadas as Transferências Eletrônicas Disponíveis (as chamadas Teds).

Pastor explica que a implantação do SBCEC não dependerá da criação de uma nova rede de comunicação. As próprias máquinas - cerca de um milhão - que já fazem a leitura dos cheques nos estabelecimentos comerciais e que já enviam essas informações para as empresas de verificação de crédito - como, por exemplo, a Telecheque , ServiceCheck, Supercredit - é que farão a conversão eletrônica dos documentos em papel.

"Hoje, o estabelecimento comercial passa o cheque na máquina e recebe da empresa de verificação a resposta se pode ou não receber o cheque daquele emitente", afirma Pastor. "Com o SBCEC, a empresa de verificação vai, além de dar essa resposta, enviar esse arquivo para a câmara de conversão, que verificará com o banco sacado (o banco do cliente da loja) se, por exemplo, o cheque não é roubado e encaminhará a compensação eletrônica", disse Pastor.

Segundo o presidente da Abracheque, o sistema de conversão eletrônica vai, praticamente, extinguir a devolução de cheque por motivos como "talão bloqueado" e a transferência física do cheque de um lugar para outro. O lojista será o guardião do documento mesmo depois de sua compensação eletrônica. "A expectativa é reduzir os gastos com processamento e logística em 80%", diz ele.

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