Wang Yi: chefe da diplomacia chinesa admitiu nesta terça-feira que as suas relações "encontraram sérias dificuldades no início do ano" passado (AFP/AFP Photo)
Agência de notícias
Publicado em 9 de janeiro de 2024 às 09h05.
O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, afirmou nesta terça-feira que as relações com os Estados Unidos se estabilizaram no ano passado, um progresso que ambas as potências querem consolidar em 2024.
Nos últimos anos, a China e os Estados Unidos entraram em conflito sobre várias questões, da tecnologia ao comércio e aos direitos humanos, assim como o status de Taiwan e as disputas territoriais no Mar da China Meridional.
Em uma tentativa de mitigar as tensões, os seus respetivos presidentes, Xi Jinping e Joe Biden, reuniram-se em novembro em São Francisco para um diálogo considerado bem sucedido por ambas as partes.
O chefe da diplomacia chinesa admitiu nesta terça-feira que as suas relações "encontraram sérias dificuldades no início do ano" passado.
"Depois de muito trabalho, ambos os lados reestruturaram a comunicação e o diálogo e as relações bilaterais deixaram de cair e se estabilizaram", acrescentou Wang.
Apesar deste balanço otimista, fontes de tensão persistem nas relações entre os dois países, tais como o status da ilha semiautônoma de Taiwan, que realiza eleições presidenciais esta semana.
Wang observou na terça-feira que Biden disse a Xi em São Francisco que os Estados Unidos "não apoiam a independência de Taiwan".
O chanceler definiu ainda a China como uma potência "responsável" que "sempre buscou a justiça e defendeu a igualdade" e que "se opõe veementemente ao hegemonismo".
"O mundo de hoje não é nada pacífico e usar o poder para intimidar é extremamente prejudicial", alertou Wang.