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Cesta básica mais cara desacelera comércio no 2º trimestre

LCA Consultores cita também queda no ritmo de expansão do emprego como fator que reduz confiança do consumidor

Preço alto dos alimentos tem impacto no varejo (.)
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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2010 às 18h33.

São Paulo - O desempenho chinês do varejo brasileiro no início do ano não vai se repetir no segundo trimestre. Na avaliação da LCA Consultores, a alta do custo da cesta básica, que passou de pouco mais de R$ 280 para mais de R$ 300 entre dezembro de 2009 e abril de 2010, está "comendo" quase todo o reajuste nominal do salário-mínimo de 9,7% concedido no começo do ano.

"Essa elevação do custo de itens básicos terá um impacto negativo sobre o poder de compra do consumidor (especialmente nas classes de renda inferiores e nas regiões Norte/Nordeste, em que o peso do dispêndio com alimentação no total da renda é bem elevado), afetando principalmente a capacidade de compra de bens e serviços considerados como menos essenciais", diz relatório da LCA, que prevê cesta básica a R$ 320 em dezembro.

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Além disso, destaca a consultoria, o ritmo de expansão do emprego influencia negativamente a confiança do consumidor. "O volume de vendas deverá permanecer praticamente estável na passagem entre o 1º e o 2º trimestres, após ter avançado quase 5% no período anterior", projeta a LCA. Para o ano, a previsão é de alta de 8,5% do varejo em relação a 2009.

Ao contrário do senso comum, a consultoria diz que a antecipação do consumo gerada pela redução do IPI para eletrodomésticos da linha branca terá um efeito menor na retração da vendas do que os fatores acima mencionados.

No caminho inverso, o crédito continuará impulsionando o varejo, apesar da política monetária mais restritiva. "A inadimplência segue em nível reduzido, fazendo com que os spreads se mantenham em patamares historicamente baixos. Além disso, a expectativa é que os prazos de financiamento permaneçam em níveis elevados", avalia a LCA Consultores.

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