O Banco do Brasil enfrentará um grande desafio nos próximos anos: tornar-se mais competitivo ao mesmo tempo em que cumpre demandas crescentes no seu papel de agente do desenvolvimento econômico e social. A avaliação foi feita hoje pelo novo presidente do BB, Cássio Casseb Lima. O executivo reconheceu que o BB já faz isso de forma "inteligente", mas lembrou que há muita coisa a fazer no momento: estimular exportações, apoiar micro e pequenas empresas e gerar emprego. Ele pretende tornar o BB mais competitivo "sem perder de vista em nenhum momento o desenvolvimento econômico e social".

Parece fácil de falar e quase impossível de fazer. Casseb usou como exemplo o investimento em pequenas cidades. O BB poderia crescer à frente da concorrência graças à sua presença no interior. "Ao mesmo tempo geramos emprego e renda na cidade pequena, diminuímos o fluxo migratório e melhoramos a situação nas cidade grandes." O executivo espera aproximar o BB do BNDES e da Caixa Econômica Federal, para aproveitar complementaridades.

Casseb demonstrou bom-humor no dia de sua posse. Disse que já foi reconhecido na rua e que odeia a idéia de perder a privacidade, mas afirmou estar orgulhoso e definiu o Banco do Brasil como uma empresa "legal" e "do bem". Casseb mostrou afinidade com o presidente Lula da Silva ao emocionar-se no discurso de posse -- e assumir-se como "chorão".