Pilha de papeis: o destaque no mês de novembro, de acordo com a Fenaprevi, foram os planos empresariais com expansão de 8,54% (Torsten Schon | Dreamstime.com)
Da Redação
Publicado em 21 de janeiro de 2014 às 11h45.
São Paulo - Os planos de previdência privada tiveram captação líquida de R$ 3,9 bilhões em novembro último, cifra 23,5% menor que a registrada em igual intervalo do ano passado, de R$ 5,1 bilhões, segundo dados da Federação Nacional das Empresas de Vida e Previdência Privada (Fenaprevi). Na comparação com outubro, porém, foi vista alta de 6,7%.
A queda na comparação anual tem como pano de fundo a retomada do patamar histórico o mercado, que desde julho foi impactado pela volatilidade no mercado de juros futuros e na marcação dos títulos, fazendo com que os beneficiários, preocupados com possíveis perdas, resgatassem os recursos aplicados.
Em novembro, os novos depósitos feitos em planos de previdência, conforme a entidade, totalizaram R$ 7 bilhões, queda de 5,4% em 12 meses e alta de 3,18% na comparação com os R$ 6,8 bilhões registrados no mês de outubro.
"O volume de novas contribuições para a previdência complementar aberta em novembro reflete a preocupação das pessoas com a qualidade de vida no futuro, principalmente após a aposentadoria. Quem investe em previdência busca oportunidades de maiores ganhos no longo prazo, pois a vantagem tributária é o grande diferencial comparativamente a outras modalidades de investimentos", diz Osvaldo do Nascimento, presidente da FenaPrevi, em nota.
O destaque no mês de novembro, de acordo com a Fenaprevi, foram os planos empresariais com expansão de 8,54% frente ao mesmo mês em 2012. Os planos individuais tiveram captação de R$ 6,3 bilhões no período, declínio de 5,94%, na mesma base de comparação. Já os planos para menores fecharam o mês com arrecadação de R$ 138,5 milhões, retração de 19,69% frente ao mesmo período do ano anterior.
A carteira de investimentos do segmento de planos de previdência privada alcançou R$ 367,9 bilhões em novembro último, montante 11% superior aos R$ 331,5 bilhões somados em igual intervalo de 2012.
O setor conta hoje com cerca de 13,5 milhões de contratos ativos, sendo que em novembro 94.666 pessoas usufruíram benefícios como aposentadorias complementares, pecúlios, por morte e por invalidez, e pensões, por morte e por invalidez.
A líder do mercado de previdência privada, conforme a Fenaprevi, no período de referência foi a Bradesco Vida e Previdência com 32,14% do total das reservas. Itaú Vida e Previdência veio em seguida com share de 23,86%. O terceiro e quarto lugares foram ocupados, respectivamente, pela BrasilPrev (22,36%) e pela Zurich Santander (5,83%). A Caixa Vida e Previdência ficou bem próxima com fatia de 5,82%.
Provisões e acumulado
O saldo das provisões (recursos acumulados pelos titulares dos planos de previdência privada) ficou em R$ 358,2 bilhões em novembro do ano passado, 12,83% maior que o valor no mesmo mês em 2012, segundo a Fenaprevi.
Os planos VGBL, modalidade recomendada para quem declara o Imposto de Renda pelo modelo simplificado, permaneceram líderes em reservas respondendo por 66,03% do total, seguidos pelos PGBL - indicado para os participantes que declaram o IR pelo formulário completo, com 21,93% do volume total, enquanto os planos tradicionais contaram com 11,89%. Outros produtos responderam por 0,15%.
De janeiro a novembro do ano passado, os planos de previdência privada tiveram ingressos de R$ 65,2 bilhões, valor 5,37% superior ao visto no mesmo período do ano anterior.
Quando avaliado por tipo de produto, os planos individuais tiveram expansão de 6,59%, para R$ 57,6 bilhões. Os empresariais somaram R$ 6 bilhões, com leve queda de 0,48%, e os planos para menores, por sua vez, arrecadaram R$ 1,5 bilhão, com declínio de 12,34%, na mesma base de comparação.