Economia

Cameron diz que "menos Europa" às vezes é melhor

Para premiê, o bloco tem que permitir que os parlamentos de grupos de Estados-membros possam rejeitar algumas leis, se forem contra elas


	O premiê britânico David Cameron: "a resposta para todos os problemas nem sempre é mais Europa. Às vezes é menos Europa"
 (Richard Stonehouse/Getty Images)

O premiê britânico David Cameron: "a resposta para todos os problemas nem sempre é mais Europa. Às vezes é menos Europa" (Richard Stonehouse/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2015 às 08h52.

Londres - A União Europeia precisa desempenhar um papel menos proeminente em alguns aspectos do funcionamento de seus países-membros, disse nesta terça-feira o primeiro-ministro britânico, David Cameron, ao apresentar planos para reformas da UE antes da realização de um referendo sobre a permanência da Grã-Bretanha no bloco.

"Nuncam se esqueçam que agora a União Europeia dispõe de 28 nações antigas da Europa", disse Cameron em discurso.

"Essa mesma diversidade é a maior força da Europa. A Grã-Bretanha diz: vamos comemorar o fato, vamos reconhecer que a resposta para todos os problemas nem sempre é mais Europa. Às vezes é menos Europa".

Em seu pronunciamento, Cameron disse ainda que a Grã-Bretanha não vai buscar poderes de veto para bloquear legislação da UE, mas que o bloco tem que permitir que os parlamentos de grupos de Estados-membros possam rejeitar algumas leis, se forem contra elas.

"Não estamos sugerindo um veto de cada Parlamento nacional", disse Cameron em um discurso.

“Reconhecemos que numa Europa de 28 (países) isso significaria o impasse. Mas queremos ver um novo arranjo onde grupos de Parlamentos nacionais se unam para rejeitar leis europeias que não são de seu interesse nacional."

Cameron fez o pronunciamento no mesmo dia em que deve enviar uma carta a seus pares da UE fixando seus principais objetivos em uma reforma do bloco.

Em seu discurso, Cameron disse que a Grã-Bretanha precisa ter mais controle sobre a imigração de países de dentro da UE. Ele também afirmou que o direito à livre circulação de trabalhadores não deveria ser aplicado aos novos países da UE até que as suas economias tenham se equiparado mais à britânica.

Cameron afirmou que vai realizar o referendo sobre a permanência na UE antes do final de 2017.

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