Economia

Por 378 votos a 8, Câmara aprova PEC do Orçamento Impositivo

No plenário, foi aprovado destaque que retirou a exclusividade de iniciativa do presidente na apresentação de PL para a repartição dos leilões do pré-sal

Câmara dos Deputados: plenário aprovou em dois turnos PEC que obriga governo federal a executar o orçamento de emendas parlamentares de bancada (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Câmara dos Deputados: plenário aprovou em dois turnos PEC que obriga governo federal a executar o orçamento de emendas parlamentares de bancada (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 5 de junho de 2019 às 15h56.

Última atualização em 5 de junho de 2019 às 17h22.

Brasília - A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (05), por 378 votos a 8, em dois turnos, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia o Orçamento Impositivo.

Hoje, as emendas individuais já são consideradas impositivas. O que a PEC faz é estender essa obrigação para as emendas das bancadas estaduais e do Distrito Federal.

As emendas parlamentares são recursos do Orçamento que o Congresso direciona para obras e benfeitorias nas cidades brasileiras. Em geral, os deputados e senadores direcionam esses recursos para suas regiões de origem.

Atualmente, as emendas impositivas de bancadas estaduais são amparadas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que muda todos os anos.

Elas passaram a integrar o Orçamento federal em 2016. O Orçamento de 2019 destinou R$ 169,7 milhões por bancada, a serem distribuídos em até seis emendas de execução obrigatória.

Processo

substitutivo apresentado pelo relator, deputado Carlos Henrique Gaguim (DEM-TO), manteve o texto aprovado no Senado em abril e, dessa forma, segue para promulgação do Congresso.

Pelo texto, será aplicado percentual de 0,8% da receita corrente líquida (RCL) em 2020, em vez de 1%, como aprovado pela Câmara. Somente a partir do segundo ano (2021) após a promulgação da norma, será de 1% da RCL. Metade dos recursos será obrigatoriamente destinada a obras estruturantes.

Os compromissos de anos anteriores ainda não pagos, os chamados restos a pagar, poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução das emendas, mas agora sem limite definido – o Senado aprovou até 0,5% da RCL, mas o substitutivo da comissão especial não cita números.

No plenário, os deputados aprovaram um destaque do PDT, por 325 votos a 4, que retirou a exclusividade de iniciativa do presidente da República na apresentação de projeto de lei pelo qual serão definidos critérios e condições para a repartição, com Estados e municípios, dos leilões do pré-sal.

Reações

Para o deputado Hélio Leite (DEM-PA), a proposta representa "não só recursos para Municípios e para o Estado, mas representa a independência deste Poder tão importante para a Nação".

"Esta PEC é importante, porque dá a cada município aquilo que é preciso ter: mais recursos, mais condição para que possa investir na saúde, educação, segurança, agricultura, no esporte, na cultura e no lazer”, avaliou.

A decisão de hoje também foi celebrada no Twitter por Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados:

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