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Calote de distribuidoras preocupa bancos, diz Santander

Inadimplência de algumas distribuidoras de eletricidade que compraram energia em leilões é um tema "bastante preocupante", segundo o Santander

Energia elétrica: recebíveis desses contratos são utilizados pelas empresas de geração como garantia para tomar financiamentos em bancos privados e no BNDES (Marcello Casal/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2016 às 16h33.

São Paulo - A inadimplência de algumas distribuidoras de eletricidade que compraram energia em leilões é um tema "bastante preocupante" para os bancos que financiam projetos de novas usinas de geração no Brasil, disse nesta quarta-feira o chefe de project finance do Banco Santander, Edson Ogawa, após participar de evento de energia eólica em São Paulo.

Os recebíveis desses contratos são utilizados pelas empresas de geração como garantia para tomar financiamentos em bancos privados e no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

"O contrato no Brasil, quando se compara a outros países, é um ponto positivo no mercado. Desde que funcione como sempre funcionou. Essa inadimplência que está acontecendo agora nas distribuidoras é bastante preocupante", disse Ogawa a jornalistas.

Segundo ele, uma eventual mudança na percepção dos bancos sobre a qualidade dos recebíveis atrelados a esses contratos pode ter um "impacto brutal" sobre a viabilidade de projetos futuros.

"(Tem impacto) no custo com certeza, mas pode ir além do custo...e os bancos até reavaliarem a exposição a esse tipo de risco", explicou.

A Reuters noticiou recentemente que empresas do Grupo Eletrobras e a estatal CEA, do Amapá, estão inadimplentes com geradores, o que gerou queixa dos afetados junto ao órgão regulador do setor, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Ogawa afirmou que os contratos de compra e venda de energia possuem um sistema de constituição de garantias para evitar calotes, mas isso não tem funcionado como antigamente, criando problemas para as geradoras e preocupando bancos.

"Sempre teve uma estrutura de garantias muito forte..talvez não funcione como o mercado esperava", afirmou Ogawa, que considera importante que governo e agentes do setor elétrico avaliem uma solução para a questão "no curto prazo".

"É de conhecimento do mercado que algumas distribuidoras não passam por situação financeira corfortável, há bastante tempo...fato é que os contratos têm essa estrutura de garantias. O trabalho tem que ser na estrutura de garantias a ser dada", afirmou.

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São Paulo - A inadimplência de algumas distribuidoras de eletricidade que compraram energia em leilões é um tema "bastante preocupante" para os bancos que financiam projetos de novas usinas de geração no Brasil, disse nesta quarta-feira o chefe de project finance do Banco Santander, Edson Ogawa, após participar de evento de energia eólica em São Paulo.

Os recebíveis desses contratos são utilizados pelas empresas de geração como garantia para tomar financiamentos em bancos privados e no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

"O contrato no Brasil, quando se compara a outros países, é um ponto positivo no mercado. Desde que funcione como sempre funcionou. Essa inadimplência que está acontecendo agora nas distribuidoras é bastante preocupante", disse Ogawa a jornalistas.

Segundo ele, uma eventual mudança na percepção dos bancos sobre a qualidade dos recebíveis atrelados a esses contratos pode ter um "impacto brutal" sobre a viabilidade de projetos futuros.

"(Tem impacto) no custo com certeza, mas pode ir além do custo...e os bancos até reavaliarem a exposição a esse tipo de risco", explicou.

A Reuters noticiou recentemente que empresas do Grupo Eletrobras e a estatal CEA, do Amapá, estão inadimplentes com geradores, o que gerou queixa dos afetados junto ao órgão regulador do setor, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Ogawa afirmou que os contratos de compra e venda de energia possuem um sistema de constituição de garantias para evitar calotes, mas isso não tem funcionado como antigamente, criando problemas para as geradoras e preocupando bancos.

"Sempre teve uma estrutura de garantias muito forte..talvez não funcione como o mercado esperava", afirmou Ogawa, que considera importante que governo e agentes do setor elétrico avaliem uma solução para a questão "no curto prazo".

"É de conhecimento do mercado que algumas distribuidoras não passam por situação financeira corfortável, há bastante tempo...fato é que os contratos têm essa estrutura de garantias. O trabalho tem que ser na estrutura de garantias a ser dada", afirmou.

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