Economia

Caixa tenta impulsionar consignado com garantia do FGTS

A iniciativa tenta dar mais segurança às instituições financeiras, que não demonstraram apetite em oferecer esse tipo de crédito aos clientes

FGTS: O empregado oferece 10% do saldo do Fundo a eventual multa como garantia do empréstimo (Afonso Lima/Reprodução)

FGTS: O empregado oferece 10% do saldo do Fundo a eventual multa como garantia do empréstimo (Afonso Lima/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de agosto de 2018 às 16h15.

Brasília - No esforço para tentar alavancar os empréstimos consignados com garantia dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a Caixa Econômica Federal desenvolveu um sistema que permitirá aos bancos segregar parte dos recursos do FGTS de cada trabalhador que serão dados como garantia nos empréstimos. A iniciativa tenta dar mais segurança às instituições financeiras, que não demonstraram apetite em oferecer esse tipo de crédito aos clientes.

O vice-presidente de fundos de governo e loterias da Caixa, Valter Nunes, explicou que o sistema elaborado pela instituição permitirá que bancos façam o bloqueio de até 10% da conta do FGTS do trabalhador que tomar crédito consignado com garantia do Fundo. Nessa operação, o empregado oferece 10% do saldo do Fundo a eventual multa como garantia do empréstimo. Em caso de demissão sem justa causa, o banco credor pode receber diretamente da Caixa as garantias dadas na operação.

O governo acredita que, com a medida, bancos privados terão mais segurança para operar essa linha de crédito. "Vamos apartar numa conta consignada que ficará indisponível durante a vigência do empréstimo. Assim, conseguimos ampliar a característica da garantia", disse o vice-presidente da Caixa.

Acompanhe tudo sobre:CaixaCréditoFGTSGoverno

Mais de Economia

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor

Opinião: nem as SAFs escapam da reforma tributária