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Bundesbank mantém perspectiva de crescimento na zona do euro

Esfriamento ocorrido no início deste ano deve ser entendido como uma distorção de uma tendência de alta, segundo o Banco Central alemão

Jens Weidmann: "Os participantes do mercado esperam a primeira alta da taxa de juros em meados de 2019, algo que me parece realista" (Johannes Eisele/AFP)
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EFE

Publicado em 2 de maio de 2018 às 15h27.

O presidente do Bundesbank, Jens Weidmann, não prevê a conclusão do auge econômico na zona do euro, apesar de ter ocorrido uma moderação, e considera que as taxas de juros poderiam começar a subir em meados de 2019.

Em discurso sobre "A comunicação dos Bancos Centrais como um instrumento da política monetária", Weidmann disse hoje que "após um crescimento extraordinário no ano passado, no qual a zona do euro cresceu vários trimestres acima de seu potencial, o esfriamento no início deste ano não deve ser visto como um ponto de inflexão conjuntural, mas como uma distorção de uma tendência de alta".

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Weidmann considerou que alguns efeitos extraordinários influenciaram nesta moderação do crescimento, como a onda de gripe.

Mas mostrou preocupação com as tendências protecionistas que são vistas atualmente internacionalmente e que são, na sua opinião, um risco para o crescimento econômico e o bem-estar.

Por isso, segundo Weidmann, é importante que o conflito comercial não se transforme em uma guerra comercial.

O presidente do Bundesbank disse que não deveria ser adiada a normalização da política monetária na zona do euro.

Neste sentido, disse que "os participantes do mercado esperam a primeira alta da taxa de juros em meados de 2019, algo que me parece realista".

O Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 0,4% na zona do euro no primeiro trimestre de 2018 em comparação com o último trimestre de 2017.

O índice de gerentes de compras do setor manufatureiro da zona do euro caiu em abril para 56,2 pontos, desde os 56,6 de março, segundo IHS Markit.

O economista-chefe de IHS Markit, Chris Williamson, reconheceu o enfraquecimento do crescimento deste setor no início do segundo trimestre, mas considerou que "o ritmo de expansão continua sendo sólido".

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