Economia

BRICs estão preocupados com liquidez de países ricos

Os bancos centrais das economias desenvolvidas têm injetado bilhões de dólares no sistema bancário e mantêm as taxas de juros baixas para tentar estimular o crescimento

Os cinco países membros dos BRICs representam quase 25% do PIB mundial e 40% da população do planeta (Prakash Singh/AFP)

Os cinco países membros dos BRICs representam quase 25% do PIB mundial e 40% da população do planeta (Prakash Singh/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de março de 2012 às 09h58.

Nova Délhi - As cinco potências emergentes reunidas nos BRICs manifestaram nesta quinta-feira, em Nova Délhi, preocupação com o excesso de liquidez no sistema financeiro mundial provocado pelas políticas monetárias dos países ricos.

Os bancos centrais das economias desenvolvidas têm injetado bilhões de dólares no sistema bancário e mantêm as taxas de juros reduzidas para tentar estimular o crescimento e lutar contra a crise da dívida.

"A liquidez excessiva que se deriva da política agressiva adotada pelos bancos centrais para estabilizar suas economias está se espalhando nas economias dos mercados emergentes", afirma um comunicado do bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Suk, divulgado ao fim do IV encontro de cúpula.

"Pensamos que é essencial que as economias desenvolvidas adotem políticas macroeconômicas e financeiras responsáveis, que evitem criar liquidez mundial excessiva e adotem reformas estruturais para estimular o crescimento, criador de emprego", completa o documento.

"Advertimos para os riscos de um fluxo importante e volátil de capitais que as economias emergentes enfrentam", afirma a nota.

Os mercados emergentes temem que a nova liquidez injetada no sistema bancário dos países ricos seja utilizada para comprar ativos nos países em desenvolvimento, com o risco de criar uma bolha e contribuir para a volatilidade nas taxas de câmbio.

Os cinco países membros dos BRICs representam quase 25% do PIB mundial e 40% da população do planeta.

Acompanhe tudo sobre:BancosBricsCrises em empresasDívida públicaFinançasPaíses emergentes

Mais de Economia

Salário mínimo 2025: por que o valor será menor com a mudança de regra

Salário mínimo de R$ 1.518 em 2025 depende de sanção de nova regra e de decreto de Lula

COP29 em Baku: Um mapa do caminho para o financiamento da transição energética global

Brasil abre 106.625 postos de trabalho em novembro, 12% a menos que ano passado