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Brasileiro defenderá candidatura à OMC

"É uma grande competição. Há nove pessoas que querem o cargo" declarou na sexta-feira em Davos, Pascal Lamy, que foi diretor geral da OMC por dois mandatos

Roberto Azevedo: diplomata é desde 2008 representante permanente do Brasil na OMC, onde se ocupa, entre outros casos, do litígio com Estados Unidos sobre algodão (Marcello Casal Jr./ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2013 às 17h10.

Genebra - Nove personalidades - seis homens e três mulheres -, entre elas um brasileiro, defenderão esta semana, em Genebra, sua candidatura para dirigir a Organização Mundial do Comércio (OMC), em substituição ao francês Pascal Lamy.

"É uma grande competição. Há nove pessoas que querem o cargo" declarou na sexta-feira em Davos, Pascal Lamy, que foi diretor geral da OMC por dois mandatos de quatro anos.

Os 9 candidatos aspiram à direção de uma OMC que têm pela frente o desafio de concluir a Rodada Doha, iniciada em 2000 para liberalizar em particular o comércio agrícola. A Rodada está estagnada pela falta de acordos entre os países emergentes e os desenvolvidos e travada pelas tendências protecionistas que se exacerbam em épocas de crise, como a que o mundo vive atualmente.

Segundo regras tácitas, o cargo agora deve ser ocupado por um país emergente, o que explica que a maioria dos candidatos venha destas nações.

O brasileiro Roberto Azevedo foi o último a anunciar sua candidatura no dia 28 de dezembro. Este reconhecido diplomata é desde 2008 representante permanente do Brasil na OMC, onde se ocupa, entre outros casos, do litígio com os Estados Unidos sobre o algodão.


Cada candidato 'vende' seu currículo. A candidata da Costa Rica, a ministra do Comércio Exterior, Anabel González enfatiza sua experiência como ministra e embaixadora do pequeno país centro-americano, bem sucedido em termos comerciais nas negociações da Rodada Uruguai que deu origem à atual OMC, no Tratado de Livre Comércio (TLC) com a União Europeia e em outros tratados.

Já o candidato mexicano Herminio Blanco negociou o acordo de livre comércio da América do Norte (TLCAN), o TLC com a União Europeia, entre outros. Nos últimos doze anos, trabalhou no setor privado e assessorou empresas que vão para o exterior e estrangeiras que chegam ao México.

Os demais candidatos são o ganense Alan John Kwadwo Kyerematen, ex-ministro de Comércio e Indústria de seu país; a indonésia Mari Elka Pangestu, ministra do Turismo, que já ocupou a pasta de comércio; o neo-zelandês Tim Groser, ministro de Comércio; a embaixadora queniana Amina Mohamed; o jordano Ahmad Thougan Hindawi, ex-ministro de Comércio e o sul-coreano Taeho Bark, ministro do Comércio.

Na terça-feira os candidatos se apresentarão diante do Conselho Geral para defender suas candidaturas. A partir desse momento, terão uma ideia mais clara do apoio com que contam para prosseguir.

O processo de seleção será concluído com uma decisão do Conselho Geral até 31 de maio de 2013.

Na terça-feira se apresentarão os candidatos de Gana, Costa Rica e Indonésia. Na quarta-feira, será a vez de outros quatro (Nova Zelândia, Quênia, Jordânia e México) e na quinta-feira 31 dos candidatos da Coreia do Sul e do Brasil.

O escolhido terá diante de si o desafio da próxima reunião ministerial da OMC, no final do ano na ilha indonésia de Bali, onde são esperadas as decisões sobre o futuro da Rodada Doha.

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Genebra - Nove personalidades - seis homens e três mulheres -, entre elas um brasileiro, defenderão esta semana, em Genebra, sua candidatura para dirigir a Organização Mundial do Comércio (OMC), em substituição ao francês Pascal Lamy.

"É uma grande competição. Há nove pessoas que querem o cargo" declarou na sexta-feira em Davos, Pascal Lamy, que foi diretor geral da OMC por dois mandatos de quatro anos.

Os 9 candidatos aspiram à direção de uma OMC que têm pela frente o desafio de concluir a Rodada Doha, iniciada em 2000 para liberalizar em particular o comércio agrícola. A Rodada está estagnada pela falta de acordos entre os países emergentes e os desenvolvidos e travada pelas tendências protecionistas que se exacerbam em épocas de crise, como a que o mundo vive atualmente.

Segundo regras tácitas, o cargo agora deve ser ocupado por um país emergente, o que explica que a maioria dos candidatos venha destas nações.

O brasileiro Roberto Azevedo foi o último a anunciar sua candidatura no dia 28 de dezembro. Este reconhecido diplomata é desde 2008 representante permanente do Brasil na OMC, onde se ocupa, entre outros casos, do litígio com os Estados Unidos sobre o algodão.


Cada candidato 'vende' seu currículo. A candidata da Costa Rica, a ministra do Comércio Exterior, Anabel González enfatiza sua experiência como ministra e embaixadora do pequeno país centro-americano, bem sucedido em termos comerciais nas negociações da Rodada Uruguai que deu origem à atual OMC, no Tratado de Livre Comércio (TLC) com a União Europeia e em outros tratados.

Já o candidato mexicano Herminio Blanco negociou o acordo de livre comércio da América do Norte (TLCAN), o TLC com a União Europeia, entre outros. Nos últimos doze anos, trabalhou no setor privado e assessorou empresas que vão para o exterior e estrangeiras que chegam ao México.

Os demais candidatos são o ganense Alan John Kwadwo Kyerematen, ex-ministro de Comércio e Indústria de seu país; a indonésia Mari Elka Pangestu, ministra do Turismo, que já ocupou a pasta de comércio; o neo-zelandês Tim Groser, ministro de Comércio; a embaixadora queniana Amina Mohamed; o jordano Ahmad Thougan Hindawi, ex-ministro de Comércio e o sul-coreano Taeho Bark, ministro do Comércio.

Na terça-feira os candidatos se apresentarão diante do Conselho Geral para defender suas candidaturas. A partir desse momento, terão uma ideia mais clara do apoio com que contam para prosseguir.

O processo de seleção será concluído com uma decisão do Conselho Geral até 31 de maio de 2013.

Na terça-feira se apresentarão os candidatos de Gana, Costa Rica e Indonésia. Na quarta-feira, será a vez de outros quatro (Nova Zelândia, Quênia, Jordânia e México) e na quinta-feira 31 dos candidatos da Coreia do Sul e do Brasil.

O escolhido terá diante de si o desafio da próxima reunião ministerial da OMC, no final do ano na ilha indonésia de Bali, onde são esperadas as decisões sobre o futuro da Rodada Doha.

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