Brasil sobe para 53º lugar em ranking de competitividade
País ultrapassou Índia, que figura a 56º posição, mas ainda está atrás da China, 26º, e da África do Sul, 50º, entre o grupo dos Brics, Suíça permanece em 1º lugar
Da Redação
Publicado em 7 de setembro de 2011 às 09h29.
Londres - O Brasil deu um salto de cinco posiçõesl no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundia deste ano e agora figura no 53º lugar, entre 142 países analisados. Com o resultado divulgado hoje, o Brasil ultrapassou a Índia (56º), mas ainda se encontra atrás da China (26º) e da África do Sul (50º) entre o grupo dos Brics (formado também pela Rússia, em 66º).
"É importante analisar a tendência de longo prazo e ver que o País subiu 13 colocações nos últimos seis anos", afirmou o diretor e economista do Centro para a Competitividade Global do Fórum Econômico Mundial, Beñat Bilbao-Osorio, à Agência Estado.
Ele nota que o Brasil obteve evoluções em itens que são considerados exatamente suas principais fraquezas, como a competição no mercado local, a infraestrutura e a corrupção. São pontos que melhoraram, mas ainda continuam com avaliações baixas e impedem que o País cumpra todo seu potencial. Além da conhecida falta de infraestrutura adequada, Bilbao-Osorio avalia que a baixa concorrência entre as empresas ainda afeta a competitividade. "É uma preocupação o fato de algumas companhias representarem oligopólios", afirmou.
Ele acredita que o mercado de trabalho apresenta rigidez, como as dificuldades para contratar ou demitir um funcionário, fato que pesa sobre a avaliação do País - juntamente com o baixo nível de qualidade do sistema educacional. O diretor vê ainda desconexão entre os salários e a produtividade atualmente. "A produção deve se equalizar aos salários para não criar inflação."
A avaliação do quesito corrupção avançou no levantamento, apesar das denúncias constantes de irregularidades. Para Bilbao-Osorio, o aumento da divulgação dos casos de corrupção mostra maior disposição de solucionar o problema, o que pode ter contribuído para uma avaliação mais positiva nesse quesito.
Além de ter melhorado em pontos considerados fracos, o Brasil também mantém notas favoráveis em alguns critérios. O País tem o décimo maior mercado interno do mundo, ambiente de negócios considerado sofisticado, principalmente no mercado financeiro, bom uso de tecnologia e capacidade de inovação.
Líderes
A Suíça continua na liderança do ranking de competitividade. Cingapura superou a Suécia e ficou com o segundo lugar. Em seguida, aparecem a Finlândia, Estados Unidos, Alemanha, Holanda, Dinamarca, Japão e Reino Unido, para completar as dez primeiras posições.
Divulgado anualmente, o ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial analisa 12 quesitos: infraestrutura, ambiente macroeconômico, saúde e educação primária, educação de nível superior e treinamento, eficiência do mercado de bens, eficiência do mercado de trabalho, sofisticação do mercado financeiro, preparo tecnológico, tamanho do mercado, sofisticação empresarial e inovação.
Londres - O Brasil deu um salto de cinco posiçõesl no ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundia deste ano e agora figura no 53º lugar, entre 142 países analisados. Com o resultado divulgado hoje, o Brasil ultrapassou a Índia (56º), mas ainda se encontra atrás da China (26º) e da África do Sul (50º) entre o grupo dos Brics (formado também pela Rússia, em 66º).
"É importante analisar a tendência de longo prazo e ver que o País subiu 13 colocações nos últimos seis anos", afirmou o diretor e economista do Centro para a Competitividade Global do Fórum Econômico Mundial, Beñat Bilbao-Osorio, à Agência Estado.
Ele nota que o Brasil obteve evoluções em itens que são considerados exatamente suas principais fraquezas, como a competição no mercado local, a infraestrutura e a corrupção. São pontos que melhoraram, mas ainda continuam com avaliações baixas e impedem que o País cumpra todo seu potencial. Além da conhecida falta de infraestrutura adequada, Bilbao-Osorio avalia que a baixa concorrência entre as empresas ainda afeta a competitividade. "É uma preocupação o fato de algumas companhias representarem oligopólios", afirmou.
Ele acredita que o mercado de trabalho apresenta rigidez, como as dificuldades para contratar ou demitir um funcionário, fato que pesa sobre a avaliação do País - juntamente com o baixo nível de qualidade do sistema educacional. O diretor vê ainda desconexão entre os salários e a produtividade atualmente. "A produção deve se equalizar aos salários para não criar inflação."
A avaliação do quesito corrupção avançou no levantamento, apesar das denúncias constantes de irregularidades. Para Bilbao-Osorio, o aumento da divulgação dos casos de corrupção mostra maior disposição de solucionar o problema, o que pode ter contribuído para uma avaliação mais positiva nesse quesito.
Além de ter melhorado em pontos considerados fracos, o Brasil também mantém notas favoráveis em alguns critérios. O País tem o décimo maior mercado interno do mundo, ambiente de negócios considerado sofisticado, principalmente no mercado financeiro, bom uso de tecnologia e capacidade de inovação.
Líderes
A Suíça continua na liderança do ranking de competitividade. Cingapura superou a Suécia e ficou com o segundo lugar. Em seguida, aparecem a Finlândia, Estados Unidos, Alemanha, Holanda, Dinamarca, Japão e Reino Unido, para completar as dez primeiras posições.
Divulgado anualmente, o ranking de competitividade do Fórum Econômico Mundial analisa 12 quesitos: infraestrutura, ambiente macroeconômico, saúde e educação primária, educação de nível superior e treinamento, eficiência do mercado de bens, eficiência do mercado de trabalho, sofisticação do mercado financeiro, preparo tecnológico, tamanho do mercado, sofisticação empresarial e inovação.