Economia

Brasil quer elevar gasto com defesa de 1,5% para 2% do PIB

O crescimento, segundo Celso Amorim, faz parte de um ajuste para que o Brasil se aproxime do investido por outros países dos Brics

Os gastos da China no setor inquietam as potências ocidentais, especialmente os Estados Unidos
 (Guillaume Klein/AFP)

Os gastos da China no setor inquietam as potências ocidentais, especialmente os Estados Unidos (Guillaume Klein/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2012 às 19h55.

São Paulo - O Brasil pretende aumentar seus gastos na área de defesa dos cerca de 1,5 por cento atuais do Produto Interno Bruto para 2 por cento em até dez anos, afirmou nesta quarta-feira o ministro da Defesa.

O crescimento, segundo Celso Amorim, faz parte de um ajuste para que o Brasil se aproxime do investido por outros países dos Brics -que investem mais, em média 2,5 por cento do PIB.

"Temos que nos acostumar a olhar quais são os parâmetros de comparação. O Brasil é um país sul-americano, latino-americano... mas o Brasil também é um dos Brics e não pode se deixar de ver dessa maneira diante de um mundo em que nós ainda não conseguimos banir o conflito", disse Amorim em entrevista durante o Reuters Latin American Investment Summit.

O ministro acrescentou que o Brasil precisa se preparar para situações como "uma corrida por recursos naturais".

"Nós temos que estar preparados para reagir ou até dissuadir alguma tentativa de invasão no território nacional ou nos seus recursos", disse.

Os investimentos serão norteados pelo trabalho de um grupo que estuda as prioridades de Defesa brasileira. No topo da agenda, citou o ministro, está a compra de caças militares, em estudo desde o governo Fernando Henrique Cardoso.

Para Amorim, o tema já "está maduro para ser decidido".

"Os caças estão aguardando uma decisão. É importante que essa decisão saia logo, porque é uma deficiência que já se faz notar", disse.

O ministro disse que autorizou, nos últimos dias, a compra de quatro lanchas colombianas que servirão para Exército e Marinha patrulharem os rios da Amazônia. O negócio é de 10 milhões de dólares e pode ser expandido nos próximos anos.

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