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Brasil propõe incluir produto argentino em compras

Informação é do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel

No entanto, Pimentel afirmou que ainda não existem condições de reverter o sistema de licenças não-automáticas de produtos perecíveis argentinos (Alexandre Battibugli/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2012 às 13h26.

Mendoza - Na tentativa de acelerar as negociações para normalizar a passagem de produtos nas fronteiras das duas maiores economias do Mercosul , o Brasil propôs incluir setores da indústria argentina no programa de compras governamentais brasileiro, disse o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel.

Depois de um dia de reuniões com a secretaria de Comércio Exterior da Argentina, Beatriz Paglieri, no entanto, Pimentel afirmou que ainda não existem condições de reverter o sistema de licenças não-automáticas de produtos perecíveis argentinos.

"Não há ainda acordo que motive a mudança nas licenças de produtos", disse Pimentel em conversa com a Reuters nesta manhã.

A medida tomada pelo Brasil em maio, que criou a necessidade de autorização prévia para importações -que pode levar até 60 dias- de cerca de 10 produtos perecíveis vizinhos, foi uma forma de o governo brasileiro retaliar ações protecionistas da Argentina.

A proposta de incluir setores como a indústria naval argentina na lista de beneficiados nas compras do governo foi feita pelo ministro na quinta em reunião na Cúpula do Mercosul, em Mendoza. Nesta sexta, a presidente Dilma Rousseff discute este tema, entre outros, com a colega argentina Cristina Kirchner e o uruguaio José Mujica.

Segundo uma fonte do MDIC, a medida também seria benéfica para o Uruguai, uma vez que trataria os produtos do Mercosul como se fossem brasileiros.

O governo anunciou nesta semana vantagens que produtos brasileiros de alguns setores, como saúde, têxtil e defesa, terão nas compras feitas por órgãos governamentais.

"Acreditamos que a indústria naval argentina pode ser muito beneficiada, e não há prejuízo para a indústria brasileira", disse Pimentel, citando a Petrobras como grande consumidora.

"Pedimos a eles uma proposta, acredito que até metade de julho já tenhamos um acordo sólido", completou Pimentel.

Em troca, segundo Pimentel, o Brasil quer a normalização das fronteiras, onde a Argentina tem imposto muitas restrições por conta da diferença na balança comercial entre os dois países.

Segundo o ministro, nos últimos dias os países fizeram "gestos" importantes. Ele citou uma liberação muito acima da média da entrada de carne suína brasileira no vizinho e citou que o Brasil encaminha uma liberação de um grande lote de veículos argentinos em até 90 dias.

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Depois de um dia de reuniões com a secretaria de Comércio Exterior da Argentina, Beatriz Paglieri, no entanto, Pimentel afirmou que ainda não existem condições de reverter o sistema de licenças não-automáticas de produtos perecíveis argentinos.

"Não há ainda acordo que motive a mudança nas licenças de produtos", disse Pimentel em conversa com a Reuters nesta manhã.

A medida tomada pelo Brasil em maio, que criou a necessidade de autorização prévia para importações -que pode levar até 60 dias- de cerca de 10 produtos perecíveis vizinhos, foi uma forma de o governo brasileiro retaliar ações protecionistas da Argentina.

A proposta de incluir setores como a indústria naval argentina na lista de beneficiados nas compras do governo foi feita pelo ministro na quinta em reunião na Cúpula do Mercosul, em Mendoza. Nesta sexta, a presidente Dilma Rousseff discute este tema, entre outros, com a colega argentina Cristina Kirchner e o uruguaio José Mujica.

Segundo uma fonte do MDIC, a medida também seria benéfica para o Uruguai, uma vez que trataria os produtos do Mercosul como se fossem brasileiros.

O governo anunciou nesta semana vantagens que produtos brasileiros de alguns setores, como saúde, têxtil e defesa, terão nas compras feitas por órgãos governamentais.

"Acreditamos que a indústria naval argentina pode ser muito beneficiada, e não há prejuízo para a indústria brasileira", disse Pimentel, citando a Petrobras como grande consumidora.

"Pedimos a eles uma proposta, acredito que até metade de julho já tenhamos um acordo sólido", completou Pimentel.

Em troca, segundo Pimentel, o Brasil quer a normalização das fronteiras, onde a Argentina tem imposto muitas restrições por conta da diferença na balança comercial entre os dois países.

Segundo o ministro, nos últimos dias os países fizeram "gestos" importantes. Ele citou uma liberação muito acima da média da entrada de carne suína brasileira no vizinho e citou que o Brasil encaminha uma liberação de um grande lote de veículos argentinos em até 90 dias.

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