Economia

Brasil pedirá que G20 congele subsídios agrícolas

No entanto, o diplomata admitiu que "a expectativa" de que essa iniciativa possa ser adotada "é baixa"


	Cúpula do G20: "Há uma preocupação com a queda dos preços das matérias-primas e em particular dos alimentos"
 (Reuters)

Cúpula do G20: "Há uma preocupação com a queda dos preços das matérias-primas e em particular dos alimentos" (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2015 às 12h42.

Brasília - O Brasil, com apoio da Argentina e Rússia, proporá que a Cúpula que o G20 realizará na Turquia adote um acordo para impedir novos aumentos dos subsídios agrícolas nos países mais ricos, informou nesta terça-feira um porta-voz oficial.

"Há uma preocupação com a queda dos preços das matérias-primas e em particular dos alimentos", indicou em entrevista coletiva o subsecretário de Assuntos Econômicos da Chancelaria brasileira, Carlos Cozendey, ao explicar a proposta que o Brasil apresentará na Cúpula que será realizada nos próximos dias 15 e 16.

No entanto, o diplomata admitiu que "a expectativa" no sentido de que essa iniciativa possa ser adotada "é baixa", pois em algumas reuniões prévias já encontrou algumas "observações" por parte da União Europeia (UE).

Segundo Cozendey, "é um assunto polêmico", mas o Brasil considera que, na atual situação de queda dos preços das matérias-primas, as nações do G20 deveriam assumir "um compromisso para evitar que os subsídios à atividade agrícola aumentem".

O diplomata brasileiro apontou que um acordo dessa natureza ajudaria a preservar "a segurança alimentar" nos países mais pobres e a minimizar o impacto do desmoronamento dos preços das matérias-primas nas economias emergentes.

Cozendey explicou que a presidente Dilma Rousseff, que se referirá a esse assunto ao discursar perante a cúpula do G20, deve chegar à cidade litorânea turca de Antalya, sede do encontro, no próximo sábado.

No domingo, antes do início da cúpula, e como já é usual nas entrevistas do G20, Dilma se reunirá com os líderes da Rússia, Índia, China e África do Sul, países que junto com o Brasil integram o fórum Brics.

Dilma, que até agora não tem confirmadas outras atividades à margem da cúpula, deve retornar a Brasília na segunda-feira, uma vez que conclua o encontro.

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