Bruxelas - O comércio entre Brasil e União Europeia aumentou no primeiro semestre de 2011, tornando o país o nono parceiro comercial mais importante para os vinte e sete membros do bloco europeu, segundo dados divulgados em Bruxelas pouco antes da cúpula UE-Brasil.

No primeiro semestre de 2011, os intercâmbios comerciais entre a UE e o Brasil continuaram aumentando e "alcançaram um pico no primeiro semestre de 2011", informou nesta quinta-feira o escritório estatístico europeu Eurostat.

As importações (do Brasil à UE) passaram de 14,9 bilhões de euros a 18,5 bilhões de euros (um aumento de 24,1%), e as exportações (da UE para o Brasil) passaram de 14,8 bilhões de euros em 2010 para 16,9 bilhões no primeiro semestre de 2011, indicou.

Portanto, o déficit comercial da UE com o Brasil subiu para 1,6 bilhão de euros no primeiro semestre de 2011. No mesmo período do ano passado, o déficit foi de 100 milhões de euros, acrescentou.

No primeiro semestre deste ano, "o Brasil representou 2% do comércio exterior total da UE (...) e se converteu em seu nono sócio comercial".

A Holanda liderou as importações europeias (24%), seguida por Alemanha (19%), Itália (11%), e Espanha e França (ambas com 9%).

A Alemanha foi a nação que mais exportou para o Brasil (32%), seguida por Itália (14%), França (11%) e Espanha (8%).

Durante o primeiro semestre de 2011 as matérias-primas representaram pouco mais de um terço das importações "e os produtos alimentícios, pouco menos de um terço", acrescentou o informe. Entre os principais produtos importados, o relatório indica o ferro, o café, a soja, a pasta para papel e o petróleo cru.

Quanto às exportações, 90% foram de artigos manufaturados, como automóveis, medicamentos e aviões, acrescentou.

O Brasil é o grande convidado em Bruxelas para a cúpula União Europeia-Brasil, que será realizada na segunda e na terça-feira da próxima semana e contará com a participação da presidente Dilma Rousseff.