Brasil deve voltar à meta de superávit de 3%, diz FMI
O documento do fundo destaca que as eleições este ano no Brasil podem pressionar os gastos públicos
Da Redação
Publicado em 9 de abril de 2014 às 15h59.
Washington - A meta de superávit primário do Brasil para este ano, de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB), é apropriada, mas o governo deve considerar voltar para uma meta de 3%, e ainda fazer outros ajustes fiscais, recomendou nesta quarta-feira, 09, o chefe da divisão do Departamento de Assuntos Fiscais do Fundo Monetário Internacional ( FMI ), Julio Escolano, em uma entrevista à imprensa.
"No médio prazo, achamos que o Brasil deveria fixar uma meta mais ambiciosa, incluindo voltar aos 3% de superávit primário que tinha antes", diz ele. Em 2008, por exemplo, o superávit chegou a 3,9%.
Para este ano, Escolano avalia que a meta de 1,9% é apropriada. O relatório Monitor Fiscal, divulgado hoje, prevê uma meta de 3,1% para o Brasil a partir de 2015 e que fique neste nível até 2019, ano em que terminam as previsões do FMI divulgadas no relatório.
O documento destaca que as eleições este ano no Brasil podem pressionar os gastos públicos. Questionado sobre esse tema, Escolano diz esperar que o país mantenha sua disciplina este ano e no próximo.
"Neste momento, o governo mostrou intenção de manter a disciplina fiscal este ano. Esperamos que fique firme a este arranjo fiscal", afirmou o economista.
Para melhorar as contas fiscais, Escolano fala que é importante que se reduza os empréstimos do Tesouro aos bancos públicos. Além disso, é preciso manter a disciplina fiscal em estados e municípios e Brasília não deve confiar em itens excepcionais para conseguir alcançar as metas.
Washington - A meta de superávit primário do Brasil para este ano, de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB), é apropriada, mas o governo deve considerar voltar para uma meta de 3%, e ainda fazer outros ajustes fiscais, recomendou nesta quarta-feira, 09, o chefe da divisão do Departamento de Assuntos Fiscais do Fundo Monetário Internacional ( FMI ), Julio Escolano, em uma entrevista à imprensa.
"No médio prazo, achamos que o Brasil deveria fixar uma meta mais ambiciosa, incluindo voltar aos 3% de superávit primário que tinha antes", diz ele. Em 2008, por exemplo, o superávit chegou a 3,9%.
Para este ano, Escolano avalia que a meta de 1,9% é apropriada. O relatório Monitor Fiscal, divulgado hoje, prevê uma meta de 3,1% para o Brasil a partir de 2015 e que fique neste nível até 2019, ano em que terminam as previsões do FMI divulgadas no relatório.
O documento destaca que as eleições este ano no Brasil podem pressionar os gastos públicos. Questionado sobre esse tema, Escolano diz esperar que o país mantenha sua disciplina este ano e no próximo.
"Neste momento, o governo mostrou intenção de manter a disciplina fiscal este ano. Esperamos que fique firme a este arranjo fiscal", afirmou o economista.
Para melhorar as contas fiscais, Escolano fala que é importante que se reduza os empréstimos do Tesouro aos bancos públicos. Além disso, é preciso manter a disciplina fiscal em estados e municípios e Brasília não deve confiar em itens excepcionais para conseguir alcançar as metas.