Brasil cria 401 mil vagas com carteira assinada em fevereiro
Informações foram divulgadas pelo Ministério da Economia nesta terça-feira, 30. Resultado é o melhor para o mês desde a criação da série histórica em 1992
André Martins
Publicado em 30 de março de 2021 às 11h35.
Última atualização em 30 de março de 2021 às 11h38.
Após a criação recorde de 258.141 vagas em janeiro (dado revisado nesta data), o mercado de trabalho formal brasileiro voltou a surpreender em fevereiro, com um saldo positivo de 401.639 carteiras assinadas, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados ( Caged ) divulgados nesta terça-feira, 30, pelo Ministério da Economia .
O resultado do mês passado decorreu de 1,694 milhão de admissões e 1,292 milhão de demissões. Esse foi o melhor resultado para o mês na série histórica, iniciada em 1992. Até então o melhor resultado para fevereiro havia sido em 2011, quando foram criadas 280.799 mil vagas no segundo mês do ano.
Em fevereiro de 2020, houve a abertura de 225.648 postos com carteira assinada.
Desde janeiro do ano passado, o uso do Sistema do Caged foi substituído pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) para parte das empresas, o que traz algumas diferenças na comparação com resultados dos anos anteriores.
A maior parte do mercado financeiro já esperava um avanço no emprego no mês, mas o resultado veio bem acima do teto das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast. As projeções eram de abertura líquida de 150.000 vagas a 283.936 vagas em fevereiro, com mediana positiva de 260.000 postos de trabalho.
No acumulado dos dois primeiros meses de 2021, o saldo do Caged é positivo em 659.780 vagas. No mesmo período do ano passado, a criação líquida de vagas foi de 277.517 postos formais.
O emprego formal foi protegido durante a crise da pandemia no ano passado por programa do governo que ofereceu complementação de renda a trabalhadores que tivessem seus contratos de trabalhos temporariamente suspensos ou sofressem redução de jornada e salários.
O programa, denominado BEM, se encerrou em dezembro e o governo já anunciou que ele será reeditado, em novas bases.
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