Caged: dado veio levemente acima do esperado pelo mercado (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 30 de outubro de 2023 às 14h50.
Última atualização em 30 de outubro de 2023 às 15h08.
A economia brasileira criou 211,764 mil postos de trabalho com carteira assinada no mês de setembro de 2023, uma queda de 23,83% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram geradas 278 mil vagas. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta segunda-feira, 30. O resultado veio levemente acima da projeção do mercado, que esperava 208 mil vagas criadas.
Em agosto deste ano, foram gerados 219 mil vagas, segundo dados revisados. No acumulado dos nove primeiros meses de 2023, o saldo do Caged já é positivo em 1.599.918 vagas. No mesmo período do ano passado, houve criação líquida de 2.179.740 postos formais.
O Caged de setembro foi puxado pelo desempenho do setor de serviços no mês, com a criação de 98.206 postos formais seguido pelo comércio, que abriu 43.465 vagas. A indústria geral criou 43.214 vagas em setembro, enquanto houve um saldo de 20.941 contratações na construção civil. Na agropecuária, foram criadas outras 20.941 vagas no mês.
O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada foi de R$ 2.032,07 em setembro, ante R$ 2.040,14 registrado em agosto. Comparado ao mês anterior, houve recuo de R$ 8,07 no salário médio de admissão.
O dado serve como instrumento para o controle e a organização do mercado de trabalho brasileiro. Com ele, é possível monitorar a geração de empregos e elaborar políticas públicas para fomentar o desenvolvimento econômico e social do Brasil. É utilizado, também, pelo Programa de Seguro-Desemprego, para conferir os dados referentes aos vínculos trabalhistas, além de outros programas sociais. Os números do Caged são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada.
Os dados do Caged consideram somente os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, não incluem os trabalhadores informais. Os números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad), mostram toda a força de trabalho do país, seja formal ou informal, além do número de desalentados. Por conta disso, os resultados não são comparáveis.