Brasil e Camarões firmam acordos para ampliar parcerias
Acordos visam redução da malária no país africano, o estímulo à produção de algodão e o treinamento de técnicos em agricultura
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Brasília - Pela primeira vez, o atual presidente de Camarões, Paul Biya, visita o Brasil. Ele e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinarão hoje (4) uma série de acordos bilaterais e projetos de cooperação mútua. A ideia é ampliar as parcerias para a redução da malária no país africano, para o estímulo à produção de algodão e o treinamento de técnicos em agricultura.
Desde 2008, Brasil e Camarões mantêm parceria para a produção de algodão e o combate à malária. Foi realizado também um treinamento de técnicos em cacauicultura, orientado por especialistas da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira. Agora o objetivo é ampliar a parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para aperfeiçoar o cultivo do cacau no país.
Em contrapartida, uma missão brasileira deve ir a Camarões para visita às regiões rurais, com o objetivo de conhecer os locais para o desenvolvimento de projetos específicos - de extensão rural, pecuária e cooperativismo, além da produção de mobiliário e biofábrica de mudas de cacau.
Atualmente está sendo desenvolvido um projeto de cooperação trilateral envolvendo o Brasil, a França e Camarões na área de aquicultura - criação de peixes, crustáceos, anfíbios e plantas aquáticas. Há ainda um acordo de cooperação cultural.
Neste ano, Camarões comemora o cinquentenário de reconhecimento da independência, ocorrida em 25 de janeiro de 1960. Em janeiro de 2005, foi reaberta a embaixada brasileira em Iaundé (capital do país).
No século 15, a região de Camarões foi alvo de uma expedição de portugueses. Durante anos, o local virou disputa da Alemanha, França e Inglaterra. Internamente, o país era dividido em dois - Camarão do Norte e do Sul. Os moradores do Sul, a maioria muçulmana, votou pela adesão à Nigéria. Até hoje há tensões na área. Com cerca de 18,4 milhões de habitantes, o país tem duas línguas oficiais: o francês e o inglês.
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