Economia

Bradesco prevê alta do desemprego em setembro para 5,3%

Se esse resultado se concretizar, seria o maior nível desde setembro do ano passado, quando a taxa estava em 5,4%


	Indústria: os setores mais afetados na criação de emprego são a indústria e a construção
 (Getty Images)

Indústria: os setores mais afetados na criação de emprego são a indústria e a construção (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de outubro de 2014 às 15h59.

São Paulo - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deve divulgar na quinta-feira, 23, faltando três dias para o segundo turno da eleição presidencial, que o desemprego no Brasil subiu para 5,3% em setembro, de 5% em agosto, segundo previsão do Bradesco.

Se esse resultado se concretizar, seria o maior nível desde setembro do ano passado, quando a taxa estava em 5,4%.

De acordo com o banco, a retomada do crescimento da população economicamente ativa (PEA) para níveis históricos e o esfriamento da atividade econômica são os principais fatores por trás do desempenho morno do mercado de trabalho brasileiro nos últimos meses.

O Bradesco aponta que as pesquisas do IBGE têm mostrado uma forte queda na PEA nos últimos 12 meses, o que tem ajudado a manter as taxas de desemprego baixas.

Porém, há uma previsão de que a PEA comece a subir, o que, juntamente com a fraca atividade econômica, deve fazer com o que desemprego avance para 5,5% nos próximos trimestres.

"Houve uma queda de 0,4% no total da população empregada nos últimos seis meses em termos anualizados, segundo a PME. Os números do registro formal de criação de empregos (Caged) apontam basicamente para a mesma direção, embora tenham uma faixa diferente: a criação líquida de empregos formais nos últimos meses caiu perto de zero em termos sazonalmente ajustados", diz o banco no seu relatório semanal enviado a clientes.

Os setores mais afetados são a indústria e a construção, com quedas anuais de 2,9% na criação de emprego, enquanto no varejo houve retração de 0,3% e nos serviços foi registrado um avanço de pouco menos de 1%.

Segundo o Bradesco, esse ritmo de criação de empregos é compatível com um crescimento praticamente zero do PIB.

Considerando as previsões do banco, de que a economia deve acelerar de 0,5% este ano para 1,5% em 2015, a população empregada deve crescer cerca de 1% no próximo ano.

"Nesse contexto, nossa expectativa de um ajuste na taxa média de desemprego (de 4,9% em 2014 para 5,7% em 2015) é baseada quase inteiramente no retorno da taxa de participação para níveis normais", explica o relatório.

Acompanhe tudo sobre:BancosBradescoDesempregoeconomia-brasileiraEmpregosEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasMercado de trabalho

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor