Economia

Bolsonaro vê alta em preços como natural e diz que não fará tabelamento

Declaração do presidente ocorre em meio a alta principalmente da carne bovina; Bolsonaro afirmou que a politica de tabelar valores não deu certo no passado

Jair Bolsonaro: presidente criticou políticas anteriores que adotaram o tabelamento de preços de produtos (Ueslei Marcelino/Reuters)

Jair Bolsonaro: presidente criticou políticas anteriores que adotaram o tabelamento de preços de produtos (Ueslei Marcelino/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 5 de dezembro de 2019 às 20h13.

Última atualização em 5 de dezembro de 2019 às 20h58.

São Paulo — O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira que a alta nos preços de alguns produtos é "natural" e garantiu que seu governo não fará tabelamento de preços, política que disse ter fracassado no passado no Brasil.

"Sabemos que o pessoal está reclamando de algum preço que sobe, é natural. Assim como nós compramos, nós vendemos e também compramos. É a lei da oferta e da procura", disse o presidente em sua transmissão semanal ao vivo em uma rede social, feita nesta quinta do carro que o levava ao Maracanã, onde assistirá à partida entre Flamengo e Avaí pelo Campeonato Brasileiro.

"Não tenho como tabelar preço. O pessoal fica achando que eu vou tabelar preço. Não vai haver tabelamento, essa política não deu certo no Brasil e em nenhum outro lugar do mundo", acrescentou.

Os comentários do presidente vêm em um momento em que o preço da carne bovina tem registrado alta, em meio ao aumento do volume de exportações do produto que impactou seu preço no mercado interno.

"Obviamente que o que subir de preço, outras pessoas vão produzir esse produto, vai ter excesso de oferta no futuro e o preço vai cair naturalmente. É a lei da oferta e da procura, é assim que nós devemos agir", disse Bolsonaro.

O presidente disse que Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai têm pressa em aprovar o acordo de livre comércio com a União Europeia. Bolsonaro afirmou que espera até o final de 2021 que o tratado seja efetivado.

"Demos mais um passo na efetivação do acordo Mercosul-União Europeia. Vai demorar ainda, talvez até o final do ano que vem ou final do outro ano, mas vamos implementar o acordo, e os quatro países da América do Sul vão usufruir desse comércio da união que será muito bom para todos nós", disse.

Acompanhe tudo sobre:Carnes e derivadosJair BolsonaroPreços

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor