Economia

Bolsonaro: Governo fará, por meios legais, a recomposição do Orçamento

No orçamento foram vetados R$ 19,8 bilhões, sendo R$ 11,9 bilhões em emendas parlamentares e o restante de despesas do próprio Executivo

 (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

(Isac Nóbrega/PR/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de abril de 2021 às 12h43.

Última atualização em 26 de abril de 2021 às 14h16.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta segunda-feira, 26, que o governo fará, por meios legais, a recomposição do Orçamento de 2021, sancionado com cortes de recursos nas áreas de saúde, meio ambiente e de obras em andamento, entre outros. Segundo o presidente, a redução nas verbas ocorreu por uma questão técnica.

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"Dizer aqueles que criticaram os cortes nos orçamentos, foi cortado sim por uma questão técnica. Mas, com toda certeza brevemente pelas vias legais, obviamente, nós faremos a devida recomposição do nosso orçamento porque o Brasil não pode e não vai parar", declarou o presidente durante evento em Feira de Santana (BA) para entrega de trecho de duplicação da BR-101.

No orçamento sancionado na última quinta-feira, 22, foram vetados R$ 19,8 bilhões, sendo R$ 11,9 bilhões em emendas parlamentares e o restante de despesas do próprio Executivo. Também foram bloqueados R$ 9,3 bilhões. Os vetos são definitivos mas os valores bloqueados podem ser revertidos ao longo do ano, caso haja espaço no Orçamento. Apesar dos cortes, foram preservados o total de R$ 33,5 bilhões acordados com o Congresso e que ficaram nas mãos dos parlamentares.

Após uma "maquiagem" que subestimou as despesas obrigatórias deste ano para abrir espaço para mais emendas, o orçamento foi sancionado com cortes nas verbas do Ministério do Meio Ambiente e da faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida, programa habitacional renomeado de Casa Verde e Amarela.

No evento desta segunda, Bolsonaro destacou a presença do público no local. "Pedi para liberar o povo para vir para cá porque um evento como esse sem povo não existe", disse.

O presidente ressaltou que o povo dá o "norte" para todos os políticos do Brasil. "Nós faremos sempre o que o povo quiser, tenho certeza disso", comentou.

Contrário às medidas de restrições por conta da pandemia, Bolsonaro voltou a dizer que os fechamentos do comércio não foram fruto de ações do governo federal. "Está chegando a hora, pessoal. Está chegando a hora de o Brasil dar um novo grito de independência. Não podemos admitir alguns pseudo-governadores querer impor a ditadura no meio de vocês usando do vírus subjugá-los", afirmou.

O chefe do Executivo participou nesta segunda-feira junto do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, da entrega de 22 km da duplicação da BR-101, entre os municípios de Feira de Santana e Esplanada, na Bahia.

Antes do evento, Bolsonaro foi filmado, sem máscara, cumprimentando apoiadores. Em uma transmissão ao vivo nas redes sociais de um dos seus assessores, o presidente também foi visto percorrendo trecho de carro com o corpo para fora do veículo, que circulava com as portas abertas.

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