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Bolsonaro comemora pacto UE-Mercosul e diz que é um "acordo histórico"

União Europeia e Mercosul fecharam acordo de livre-comércio nesta sexta-feira (28) que envolve bens, serviços. investimentos e compras governamentais

Jair Bolsonaro: presidente comemorou acordo entre os blocos econômicos (Adriano Machado/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2019 às 14h56.

Última atualização em 28 de junho de 2019 às 15h02.

São Paulo — O presidente Jair Bolsonaro classificou como "um dos acordos comerciais mais importantes de todos os tempos" o pacto comercial fechado nesta sexta-feira (28) entre o Mercosul e a União Europeia .

"Histórico!", escreveu ele no Twitter. "Esse será um dos acordos comerciais mais importantes de todos os tempos e trará benefícios enormes para nossa economia." Bolsonaro elogiou as participações do chanceler Ernesto Araújo e dos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Agricultura, Tereza Cristina, nas negociações que levaram ao acordo.

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O presidente também afirmou, na rede social, que os dois blocos econômicos são responsáveis por um quarto da economia mundial e que os produtores brasileiros passarão a ter acesso a esse mercado. "Grande dia", publicou.

Mais cedo, os Ministérios das Relações Exteriores e o da Economia anunciaram em comunicado conjunto a assinatura do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia.

"O acordo é um marco histórico no relacionamento entre o Mercosul e a União Europeia", e sua conclusão "ressalta o compromisso dos dois blocos com a abertura econômica e o fortalecimento das condições de competitividade", afirma uma nota conjunta dos ministérios da Economia e das Relações Exteriores brasileiros.

CNI

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também comemorou o pacto fechado entre os dois blocos econômicos. Em nota, o presidente da instituição, Robson Andrade, afirmou que o acordo pode representar o "passaporte para o Brasil entrar na liga das grandes economias do comércio internacional".

"Cria novas oportunidades de exportação devido à redução de tarifas europeias, ao mesmo tempo em que abre o mercado brasileiro para produtos e serviços europeus, o que exigirá do Brasil aprofundamento das reformas domésticas. O importante é que essa mudança será gradual, mesmo assim as empresas devem começar a se adaptar à nova realidade", disse Andrade.

De acordo com a nota, o acordo reduz, por exemplo, de 17% para zero as tarifas de importação de produtos brasileiros como calçados e aumenta a competitividade de bens industriais em setores como têxtil, químicos, autopeças, madeireiro e aeronáutico.

Estudo feito pela CNI indicou que, dos 1.101 produtos que o Brasil tem condições de exportar para a União Europeia, 68% enfrentam hoje tarifas de importação ou cotas.

No ano passado, o Brasil exportou para a União Europeia US$ 42,1 bilhões em produtos. Juntos, os países do bloco representam o segundo maior mercado para bens brasileiros no mundo, perdendo apenas para a China.

O acordo, que envolve 90% do comércio entre os blocos, tem potencial para elevar essas vendas. Do lado europeu, a maior parte das tarifas de importação será zerada nos primeiros anos. O Mercosul terá mais tempo para promover a abertura: em alguns casos, haverá prazo de mais de uma década para que as alíquotas sejam eliminadas.

A CNI pontuou que, assim que for ratificado, os produtos nacionais passarão a ter acesso preferencial a 25% do comércio do mundo com isenção ou redução do imposto de importação. Um importante passo para a abertura comercial do País. Atualmente, eles só entram, nessas condições, em 8% dos mercados internacionais.

*Com Reuters e Estadão Conteúdo

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