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BNDES apresenta programa de concessões para atrair capital

Luciano Coutinho, presidente do BNDES, reforçou que o banco continuará sendo um "ator importante" no apoio a esses projetos

O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, afirmou hoje que a nova rodada de concessões possui novidades em relação a ciclos anteriores (Gabriela Korossy / Câmara dos Deputados)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2015 às 14h16.

São Paulo - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ), Luciano Coutinho, afirmou nesta segunda-feira, 29, durante seminário sobre infraestrutura para investidores brasileiros e americanos em Nova York, que a nova rodada de concessões que o governo federal lançou no início de junho é a continuação de um "processo de aprendizagem", mas possui novidades em relação a ciclos anteriores.

As duas principais diferenças, destacou, são a maior participação dos mercados de capitais e maior distribuição e coordenação do risco nas operações de financiamento.

Após apresentar projeções que mostram que haverá expansão nos investimentos em infraestrutura no Brasil, Coutinho reforçou que o BNDES continuará sendo um "ator importante" no apoio a esses projetos, especialmente os de longo prazo, por meio da oferta de crédito em busca de "ancorar e atrair" investidores.

Ele lembrou que, pelas regras da nova rodada, quando houver emissão de debêntures o custo do financiamento será menor, com uma parte maior submetida à taxa de juros de longo prazo (TJLP).

Coutinho destacou que o mercado de debêntures de infraestrutura no Brasil tem vantagens fiscais criadas há muito tempo. Ele lembrou que, nos últimos anos, já foram emitidos mais de R$ 17 bilhões nesse tipo de título e disse acreditar que esse montante será dobrado. "Iremos multiplicar as oportunidades para esses títulos", disse.

O executivo ressaltou que, quando a inflação diminuir e o Banco Central sinalizar que a taxa de juros irá recuar, isso vai criar um "clima mais atrativo" para a emissão dessas debêntures.

Logística

O presidente do BNDES ressaltou ainda que o Brasil tem operadores de logística "altamente capacitados" e "com experiência", além de uma boa rede de estradas pedagiadas, ferrovias e portos, o que, na avaliação dele, facilita a atração de investimento. "O operador de logística não pode trabalhar em caixinha.

Precisa trabalhar de forma integrada e, nesse sentido, o Brasil é privilegiado, já que oferecemos muitos bons parceiros", disse. Além disso, destacou a experiência do BNDES nesses financiamentos. Segundo ele, de 2006 a 2014 o banco já apoiou 686 projetos, com "zero inadimplência".

Questionado sobre a atratividade dos projetos para investidores estrangeiros, Coutinho afirmou que espera uma participação muito maior do capital externo nessa nova rodada.

Segundo ele, já houve uma significativa desvalorização do real e o espaço para nova quedas seria menor.

Além disso, acrescentou, há a possibilidade de algum mecanismo para atrelar os títulos à inflação, minimizando o risco de perda de capital a longo prazo.

Também poderia haver isenção de imposto de renda. "Isso torna esses títulos muito atrativos como uma alternativa de renda fixa. Nesta rodada temos uma chance real de atrair investidores de longo prazo", comentou.

Ele mencionou ainda que vê oportunidade para investimento direto dos estrangeiros nos projetos de infraestrutura, em parceria com operadores brasileiros e individualmente.

O presidente do BNDES citou ainda que o programa de financiamento para os projetos de infraestrutura está aberto a melhorias, em constante diálogo com o setor privado.

Ele citou que poderia haver aprimoramentos na questão das garantias e disse que poderia ser criado um incentivo para que as debêntures fossem emitidas antes da conclusão do projeto executivo da obra.

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São Paulo - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ), Luciano Coutinho, afirmou nesta segunda-feira, 29, durante seminário sobre infraestrutura para investidores brasileiros e americanos em Nova York, que a nova rodada de concessões que o governo federal lançou no início de junho é a continuação de um "processo de aprendizagem", mas possui novidades em relação a ciclos anteriores.

As duas principais diferenças, destacou, são a maior participação dos mercados de capitais e maior distribuição e coordenação do risco nas operações de financiamento.

Após apresentar projeções que mostram que haverá expansão nos investimentos em infraestrutura no Brasil, Coutinho reforçou que o BNDES continuará sendo um "ator importante" no apoio a esses projetos, especialmente os de longo prazo, por meio da oferta de crédito em busca de "ancorar e atrair" investidores.

Ele lembrou que, pelas regras da nova rodada, quando houver emissão de debêntures o custo do financiamento será menor, com uma parte maior submetida à taxa de juros de longo prazo (TJLP).

Coutinho destacou que o mercado de debêntures de infraestrutura no Brasil tem vantagens fiscais criadas há muito tempo. Ele lembrou que, nos últimos anos, já foram emitidos mais de R$ 17 bilhões nesse tipo de título e disse acreditar que esse montante será dobrado. "Iremos multiplicar as oportunidades para esses títulos", disse.

O executivo ressaltou que, quando a inflação diminuir e o Banco Central sinalizar que a taxa de juros irá recuar, isso vai criar um "clima mais atrativo" para a emissão dessas debêntures.

Logística

O presidente do BNDES ressaltou ainda que o Brasil tem operadores de logística "altamente capacitados" e "com experiência", além de uma boa rede de estradas pedagiadas, ferrovias e portos, o que, na avaliação dele, facilita a atração de investimento. "O operador de logística não pode trabalhar em caixinha.

Precisa trabalhar de forma integrada e, nesse sentido, o Brasil é privilegiado, já que oferecemos muitos bons parceiros", disse. Além disso, destacou a experiência do BNDES nesses financiamentos. Segundo ele, de 2006 a 2014 o banco já apoiou 686 projetos, com "zero inadimplência".

Questionado sobre a atratividade dos projetos para investidores estrangeiros, Coutinho afirmou que espera uma participação muito maior do capital externo nessa nova rodada.

Segundo ele, já houve uma significativa desvalorização do real e o espaço para nova quedas seria menor.

Além disso, acrescentou, há a possibilidade de algum mecanismo para atrelar os títulos à inflação, minimizando o risco de perda de capital a longo prazo.

Também poderia haver isenção de imposto de renda. "Isso torna esses títulos muito atrativos como uma alternativa de renda fixa. Nesta rodada temos uma chance real de atrair investidores de longo prazo", comentou.

Ele mencionou ainda que vê oportunidade para investimento direto dos estrangeiros nos projetos de infraestrutura, em parceria com operadores brasileiros e individualmente.

O presidente do BNDES citou ainda que o programa de financiamento para os projetos de infraestrutura está aberto a melhorias, em constante diálogo com o setor privado.

Ele citou que poderia haver aprimoramentos na questão das garantias e disse que poderia ser criado um incentivo para que as debêntures fossem emitidas antes da conclusão do projeto executivo da obra.

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