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BM aprova US$ 650 mi adicionais para luta contra o ebola

A ajuda, que se prolongará durante os próximos 12 ou 18 meses, tem como objetivo respaldar a Libéria, Guiné e Serra Leoa

A ajuda, que se prolongará durante os próximos 12 ou 18 meses, tem como objetivo respaldar a Libéria, Guiné e Serra Leoa (Francisco Leong/AFP)
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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2015 às 14h37.

Washington - O Banco Mundial (BM) anunciou nesta sexta-feira que proporcionará pelo menos US$ 650 milhões adicionais para respaldar a luta contra o surto de ebola nos três países mais afetados: Libéria , Guiné e Serra Leoa.

A ajuda, que se prolongará durante os próximos 12 ou 18 meses, tem como objetivo respaldar estes três países de África Ocidental a se recuperar socialmente e economicamente da crise provocada pelo ebola e avançar em seu desenvolvimento a longo prazo, indicou em comunicado o Banco Mundial.

"Enquanto trabalhamos sem descanso para zerar os casos de ebola, a comunidade internacional deve de ajudar a Guiné, Libéria e Serra Leoa a dar um impulso para sua recuperação e para construção de um futuro mais próspero e mais seguro para seu povo", explicou o presidente do BM, Jim Yong Kim.

Deste modo, os fundos comprometidos pelo organismo para fazer frente ao surto de ebola chegam a US$ 1,620 bilhão, a maior verba por parte de uma instituição internacional.

"Muitos de nós reconhecemos que a comunidade internacional demorou em reagir ao ebola", destacou Kim.

O chefe do BM espera que estes fundos adicionais mostrem que o mundo está "aprendendo a lição" e "apoia a recuperação efetiva e sustentável, que também prepara estes países e o resto do mundo para a próxima pandemia".

Esse dinheiro está destinado a fortalecer a agricultura, a educação, os sistemas de saúde e atendimento primário, assim como a reforçar a criação de instalações de eletricidade, água e saneamento, de acordo com as linhas políticas de ação estabelecidas pelos três países mais afetados.

Os fundos também serão utilizados para desenvolver um sistema de vigilância da doença na África Ocidental que, segundo o BM, ajudará a prevenir ou conter futuras pandemias.

A diretora da ONG Oxfam, Winnie Byanyima, deu as boas-vindas ao anúncio e considerou "crucial" que o mundo não dê as costas para estes países, uma vez que a crise do ebola esteja sob controle, para evitar que estes surtos "voltem a aparecer novamente".

"São necessários fundos para atender as necessidades imediatas de recuperação, como a volta ao trabalho das pessoas e construção de adequadas infraestruturas de saúde, que foram inadequadas desde o princípio. As comunidades devem estar no centro do plano de recuperação", recalcou Byanyima em comunicado.

O anúncio dos fundos adicionais do Banco Mundial coincide com a publicação das novas estimativas da organização sobre o impacto que a epidemia do ebola teve no produto interno bruto (PIB) da Guiné, Serra Leoa e Libéria.

Segundo o BM, as perdas do PIB nestes três países em 2015 já chegaram a US$ 2,175 bilhões: US$ 240 milhões foram perdidos na Libéria, US$ 535 milhões na Guiné e US$ 1,4 bilhão em Serra Leoa.

Além dos graves efeitos do ebola, a recessão econômica nestes três países se vê agravada pela forte queda em nível global dos preços do minério de ferro, assim como o colapso do setor mineiro em Serra Leoa, o que provoca uma contração do PIB sem precedentes nesse país, que o BM estima em 23,5%. EFE

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Washington - O Banco Mundial (BM) anunciou nesta sexta-feira que proporcionará pelo menos US$ 650 milhões adicionais para respaldar a luta contra o surto de ebola nos três países mais afetados: Libéria , Guiné e Serra Leoa.

A ajuda, que se prolongará durante os próximos 12 ou 18 meses, tem como objetivo respaldar estes três países de África Ocidental a se recuperar socialmente e economicamente da crise provocada pelo ebola e avançar em seu desenvolvimento a longo prazo, indicou em comunicado o Banco Mundial.

"Enquanto trabalhamos sem descanso para zerar os casos de ebola, a comunidade internacional deve de ajudar a Guiné, Libéria e Serra Leoa a dar um impulso para sua recuperação e para construção de um futuro mais próspero e mais seguro para seu povo", explicou o presidente do BM, Jim Yong Kim.

Deste modo, os fundos comprometidos pelo organismo para fazer frente ao surto de ebola chegam a US$ 1,620 bilhão, a maior verba por parte de uma instituição internacional.

"Muitos de nós reconhecemos que a comunidade internacional demorou em reagir ao ebola", destacou Kim.

O chefe do BM espera que estes fundos adicionais mostrem que o mundo está "aprendendo a lição" e "apoia a recuperação efetiva e sustentável, que também prepara estes países e o resto do mundo para a próxima pandemia".

Esse dinheiro está destinado a fortalecer a agricultura, a educação, os sistemas de saúde e atendimento primário, assim como a reforçar a criação de instalações de eletricidade, água e saneamento, de acordo com as linhas políticas de ação estabelecidas pelos três países mais afetados.

Os fundos também serão utilizados para desenvolver um sistema de vigilância da doença na África Ocidental que, segundo o BM, ajudará a prevenir ou conter futuras pandemias.

A diretora da ONG Oxfam, Winnie Byanyima, deu as boas-vindas ao anúncio e considerou "crucial" que o mundo não dê as costas para estes países, uma vez que a crise do ebola esteja sob controle, para evitar que estes surtos "voltem a aparecer novamente".

"São necessários fundos para atender as necessidades imediatas de recuperação, como a volta ao trabalho das pessoas e construção de adequadas infraestruturas de saúde, que foram inadequadas desde o princípio. As comunidades devem estar no centro do plano de recuperação", recalcou Byanyima em comunicado.

O anúncio dos fundos adicionais do Banco Mundial coincide com a publicação das novas estimativas da organização sobre o impacto que a epidemia do ebola teve no produto interno bruto (PIB) da Guiné, Serra Leoa e Libéria.

Segundo o BM, as perdas do PIB nestes três países em 2015 já chegaram a US$ 2,175 bilhões: US$ 240 milhões foram perdidos na Libéria, US$ 535 milhões na Guiné e US$ 1,4 bilhão em Serra Leoa.

Além dos graves efeitos do ebola, a recessão econômica nestes três países se vê agravada pela forte queda em nível global dos preços do minério de ferro, assim como o colapso do setor mineiro em Serra Leoa, o que provoca uma contração do PIB sem precedentes nesse país, que o BM estima em 23,5%. EFE

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