Economia

Bernanke mantém cautela apesar da melhora do mercado

Presidente do Fed lembrou que a situação do mercado de trabalho nos Estados Unidos segue 'distante da normalidade'

O presidente do Fed, Ben Bernanke: "Ainda não temos certeza de que o cenário será sustentado" (Win McNamee/Getty Images/AFP)

O presidente do Fed, Ben Bernanke: "Ainda não temos certeza de que o cenário será sustentado" (Win McNamee/Getty Images/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2012 às 21h45.

Washington - O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, disse nesta segunda-feira que ainda não é certa a manutenção do atual ritmo do mercado de trabalho, por isso defendeu novamente a política monetária expansiva aplicada pelo banco central.

'Apesar de um amplo espectro de indicadores sugerir que o mercado de trabalho melhorou, ainda não temos certeza de que o cenário será sustentado', reconheceu Bernanke em uma conferência diante a Associação Nacional de Economia e Negócios em Arlington, Virgínia.

A taxa de desemprego nos EUA, que se manteve durante mais de um ano em 9%, registrou desde setembro progressivo descenso, chegando a 8,3% em fevereiro.

Bernanke, no entanto, lembrou que a situação do mercado de trabalho segue 'distante da normalidade'.

A economia dos EUA fechou o último trimestre do ano com ritmo de crescimento de 3%, o maior em um ano, impulsionado pelo aumento da despesa dos consumidores.

O Federal Reserve aplicou política monetária muito expansiva para estimular a economia nacional por causa da crise de 2008 e anunciou que manterá as taxas de juros de referência, atualmente entre zero e 0,25%, até 2014.

'A contínua fragilidade da demanda agregada é provavelmente o fator predominante. Portanto, a política expansiva do Fed, que oferece respaldo à demanda e à recuperação, deveria ajudar a reduzir, com o tempo, o desemprego de longo prazo', insistiu Bernanke.

Em sua recente reunião, o Federal Reserve indicou que o mercado de trabalho melhoraria 'gradualmente' ao longo do ano e previu que a taxa de desemprego feche 2012 entre 8,2% e 8,5%. 

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