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Berlim vê oferta da Grécia ao Eurogrupo como cavalo de Troia

Entre os especialistas do Ministério das Finanças a carta do ministro grego Yanis Varoufakis é considerada uma "obra prima da ambiguidade"

Berlim: entre os especialistas do Ministério das Finanças a carta do ministro grego Yanis Varoufakis é considerada uma "obra prima da ambiguidade" (Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2015 às 08h34.

Berlim - O governo alemão vê a oferta de compromisso do executivo grego com o Eurogrupo , perante a crise da dívida, como um "cavalo de Troia", "algo atrativo por fora e perigoso internamente", segundo um documento interno do Ministério das Finanças citado nesta sexta-feira por vários meios de comunicação do país.

Segundo o "Süddeutsche Zeitung", entre os especialistas do Ministério das Finanças a carta do ministro grego Yanis Varoufakis é considerada uma "obra prima da ambiguidade" na qual são apontadas todas as exigências feitas pelo Eurogrupo, mas para depois relativizá-las.

Esse mesmo jornal se refere a uma frase na qual Atenas reconhece suas obrigações financeiras com todos os credores e se declara disposta a cooperar com os parceiros para evitar problemas técnicos na implementação do programa de crédito propriamente dito.

Na opinião de Berlim, essa passagem, na qual o que compromisso de Atenas se limita a aspectos "financeiros e de procedimento", transforma a suposta solicitação de prorrogação do programa em uma mera solicitação de prolongamento do crédito, deixando de lado as reformas pactadas no memorando de entendimento.

Além disso, segundo o Ministério, a carta é ambígua inclusive na frase em que Varoufakis reconhece as obrigações gregas.

O verbo inglês utilizado por Varoufakis é "to honour", o que se pode traduzir por pagar, respeitar, aceitar ou reconhecer, aponta Berlim.

Outra expressão na qual os especialistas do Ministério das Finanças encontraram uma ambiguidade perigosa é usada por Varoufakis para declarar a intenção do governo grego de se movimentar ("proceed toward") rumo a um cumprimento bem-sucedido do programa.

Esta expressão não indica, segundo os especialistas, que Atenas tenha a intenção de cumprir com o programa.

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Segundo o "Süddeutsche Zeitung", entre os especialistas do Ministério das Finanças a carta do ministro grego Yanis Varoufakis é considerada uma "obra prima da ambiguidade" na qual são apontadas todas as exigências feitas pelo Eurogrupo, mas para depois relativizá-las.

Esse mesmo jornal se refere a uma frase na qual Atenas reconhece suas obrigações financeiras com todos os credores e se declara disposta a cooperar com os parceiros para evitar problemas técnicos na implementação do programa de crédito propriamente dito.

Na opinião de Berlim, essa passagem, na qual o que compromisso de Atenas se limita a aspectos "financeiros e de procedimento", transforma a suposta solicitação de prorrogação do programa em uma mera solicitação de prolongamento do crédito, deixando de lado as reformas pactadas no memorando de entendimento.

Além disso, segundo o Ministério, a carta é ambígua inclusive na frase em que Varoufakis reconhece as obrigações gregas.

O verbo inglês utilizado por Varoufakis é "to honour", o que se pode traduzir por pagar, respeitar, aceitar ou reconhecer, aponta Berlim.

Outra expressão na qual os especialistas do Ministério das Finanças encontraram uma ambiguidade perigosa é usada por Varoufakis para declarar a intenção do governo grego de se movimentar ("proceed toward") rumo a um cumprimento bem-sucedido do programa.

Esta expressão não indica, segundo os especialistas, que Atenas tenha a intenção de cumprir com o programa.

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