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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h31.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) apresentou variação de 0,22% em junho e ficou abaixo do índice de 0,85% de maio. O percentual é bem inferior ao esperado pelo mercado, que apostava em uma taxa de 0,3% até 0,5%. A redução mais forte mostra que os preços estão mais controlados.
Os preços para cálculo foram coletados no período de 16 de maio a 12 de junho e comparados com os vigentes de 12 de abril a 15 de maio. Com esse resultado, o IPCA-E do segundo trimestre, que é formado pelo IPCA-15 acumulado no período, ficou em 2,22%, bem abaixo do primeiro trimestre (5,40%). O resultado se refere a abril (1,14%), maio (0,85%) e junho (0,22%). No ano, a taxa ficou em 7,75%, e nos últimos doze meses, 17,12%.
Os alimentos passaram de 0,64%, variação de maio, para 0,30%. Grande parte apresentou queda nos preços de um mês para o outro, com destaque para o tomate (-19,55%) , cebola (-13,66%), hortaliças (-7,00%), frutas (-6,18%), açúcar cristal (-5,78%), pescado (-5,15%), feijão carioca (-4,80%) e óleo de soja (- 4,42%). Em alta, os principais destaques ficaram com o arroz (13,39%), farinha de mandioca (4,94%), batata-inglesa (3,95%) e leite pasteurizado (3,01%).
A gasolina, ainda refletindo a redução de 6,5% nas refinarias em 30 de abril, teve queda de 4,36% nos postos de venda ao consumidor (-0,63% em abril). Os preços do álcool combustível (-7,19%) e dos remédios (-0,32%) também caíram. Outros itens mostraram significativas reduções nas taxas de crescimento de preços. É o caso da energia elétrica (de 6,40% para 2,14%), artigos de limpeza (de 1,90% para 0,82%), taxa de água e esgoto (de 2,95% para 0,81%) gás de cozinha (de 1,94% para 0,44%) e ônibus urbanos (de 2,15% para 0,54%)
Os artigos de vestuário, por outro lado, passaram de 0,98% para 1,93%, revelando a alta provocada pela entrada da nova coleção no mercado.
Por região, Recife foi onde o índice registrou a maior alta, 0,8%, e Brasília, a maior queda, -0,83%. São Paulo registrou inflação de 0,19% e o Rio, 0,23%.
O IPCA-15 se refere às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. O índice é calculado com a mesma metodologia do IPCA, que tem coleta de preços realizada ao longo do mês civil. A diferença entre os dois índices está no período de coleta dos preços.