Economia

BCs podem cortar juros bem abaixo de zero, diz JPMorgan

Eles acreditam que os benefícios de mais estímulos que tomem a forma de compras de ativos ou de orientações futuras seriam limitados


	JPMorgan: juros negativos são potencialmente danosos para os balanços e para as margens financeiras de juros dos bancos
 (REUTERS/Mike Segar/Files)

JPMorgan: juros negativos são potencialmente danosos para os balanços e para as margens financeiras de juros dos bancos (REUTERS/Mike Segar/Files)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2016 às 10h06.

Londres - Investidores preocupados com os impactos negativos do dinheiro super barato sobre bancos e mercados globais podem precisar se preparar para juros abaixo de zero em economias ao redor do mundo, de acordo com economistas do JP Morgan.

Eles acreditam que os benefícios de mais estímulos que tomem a forma de compras de ativos ou de orientações futuras seriam limitados.

Isso significaria que a fraqueza do crescimento global e a baixa inflação podem forçar até o Federal Reserve e o Banco da Inglaterra a adotarem juros negativos, segundo eles.

Juros negativos são potencialmente danosos para os balanços e para as margens financeiras de juros dos bancos, uma preocupação que tem contribuído para a atual turbulência nos mercados.

Mas os limites inferiores para as taxas estão bem abaixo do que muitos presumiam, concluiu o relatório do JP Morgan, sugerindo que os bancos poderiam absorver o golpe mais facilmente do que temido.

O Banco do Japão e o Banco Central Europeu (BCE) já adotaram taxas de juros negativas sobre os depósitos bancários, enquanto as taxas oficiais de empréstimo na Suíça e na Suécia são negativas.

No caso das taxas de depósito, o Fed pode, em princípio, chegar a -1,3 por cento; a Grã-Bretanha pode reduzi-las a -2,5 por cento; -4,5 por cento na zona do euro; e -3,45 no Japão, escreveram os economistas Malcolm Barr, Bruce Kasman e David Mackie em nota publicada na terça-feira.

Em um mundo de juros negativos, a menor taxa cobrada sobre depósitos no banco central se torna efetivamente o ponto de referência padrão para os mercados, disseram os economistas.

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