Economia

BCE tem viés expansionista e pode cortar juros, diz Coeuré

Segundo membro do conselho, Banco Central Europeu tem espaço para cortar mais os juros se necessário


	Benoît Coeuré: economista disse que a meta de manter a taxa básica de juros baixa ajudou a ancorar a taxa de juros de curto prazo do mercado interbancário
 (Charles Platiau/Reuters)

Benoît Coeuré: economista disse que a meta de manter a taxa básica de juros baixa ajudou a ancorar a taxa de juros de curto prazo do mercado interbancário (Charles Platiau/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2013 às 21h01.

Nova York - O Banco Central Europeu (BCE) tem espaço para cortar mais os juros se necessário, mas não mira um nível específico para as taxas do mercado monetário, disse o membro do Conselho Executivo do BCE Benoît Coeuré nesta quinta-feira.

Em discurso preparado para apresentação ao Money Marketeers Club de Nova York, Coeuré também disse que a meta do BCE de manter a taxa básica de juros baixa por período extenso ajudou a ancorar a taxa de juros de curto prazo do mercado interbancário.

O BCE quebrou em julho a tradição de nunca se comprometer com uma taxa de juros, ao afirmar que espera que sua taxa de refinanciamento permaneça no nível atual, de 0,5 por cento, ou abaixo por um longo período de tempo.

O anúncio veio enquanto as taxas interbancárias avançavam, pressionadas em parte por dados econômicos fortes sobre a zona do euro e pela alta dos yields (rendimentos) dos títulos norte-americanos. O presidente do BCE, Mario Draghi, classificou a alta como "injustificada" e disse que o banco central tem ferramentas para reduzir os juros.

Uma ferramenta, disse Coeuré, foi a orientação do BCE sobre os próximos movimentos nos juros, que "explicitamente incorporam um viés expansionista, reconhecendo então a possibilidade de mais cortes nas taxas básicas".

A maioria dos economistas em uma pesquisa da Reuters espera que o BCE mantenha sua taxa básica de juros em 0,5 por cento até pelo menos abril de 2015. Mas em vez de reduzir a taxa novamente, eles esperam que o banco central forneça mais uma leva de empréstimos baratos de longo prazo a bancos, possivelmente até o fim do ano.

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