Economia

BCE mantém cautela sobre data para fim de estímulo, dizem fontes

Segundo fontes, estratégia visa manter a flexibilidade caso as perspectivas econômicas piorem

BCE destacou que não há nenhum curso pré-definido para seu programa de estímulo (Foto/Getty Images)

BCE destacou que não há nenhum curso pré-definido para seu programa de estímulo (Foto/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 14 de julho de 2017 às 10h49.

Frankfurt - O Banco Central Europeu (BCE) está disposto a manter suas compras de ativos ilimitadas ao invés de definir uma data potencialmente distante na qual a aquisição de títulos vai parar, para manter a flexibilidade caso as perspectivas piorem, afirmaram três fontes familiares com a discussão.

Ao não dizer quando suas compras de títulos chegarão a zero, o BCE espera destacar que não há nenhum curso pré-definido para seu programa de estímulo, e que qualquer mudança continua dependente dos dados econômicos, com um foco especial em salários, disseram as fontes.

Eles exibiram a saída da Federal Reserve de sua compra de ativos em 2014 como um modelo potencial, observando a relutância do banco central norte-americano em definir publicamente uma data final.

"O Fed fez a saída mais bem-sucedida então é um exemplo para nós estudarmos", disse uma fonte sob condição de anonimato. "O importante é não se pré-comprometer e manter isso bem gradual".

O presidente do BCE, Mario Draghi, chocou os mercados neste mês quando abriu a porta para potenciais mudanças no programa de afrouxamento monetário.

Isso deixou os investidores buscando qualquer pista potencial sobre a próxima ação do banco, esperada para acontecer na reunião de 7 de setembro.

As autoridades do BCE também se reúnem na próxima quinta-feira.

Metade dos analistas consultados pela Reuters espera agora que o BCE anuncie em setembro que vai reduzir gradualmente suas compras de ativos, enquanto um quarto vê uma redução única e outro quarto não espera mudança.

Até agora, o BCE tem dito que suas compras acontecerão no ritmo atual até dezembro de 2017 "ou além, se necessário", e que haverá uma fase de redução depois disso.

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