Economia

BC reduz previsão de crescimento do PIB para, no máximo, 1,8%

O Brasil deve crescer entre 1,5% e 1,8% neste ano. A previsão, divulgada nesta segunda-feira (30/6) pelo Banco Central, está alinhada com a previsão feita neste mês pelo Ipea (órgão ligado ao Ministério do Planejamento), de 1,6%, e abaixo da estimativad o Ministério da Fazenda, de 2%. O BC fez essas previsões com base em […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h31.

O Brasil deve crescer entre 1,5% e 1,8% neste ano. A previsão, divulgada nesta segunda-feira (30/6) pelo Banco Central, está alinhada com a previsão feita neste mês pelo Ipea (órgão ligado ao Ministério do Planejamento), de 1,6%, e abaixo da estimativad o Ministério da Fazenda, de 2%. O BC fez essas previsões com base em uma taxa de juros de 26% até o final do ano, mas faz uma ressalva: "o crescimento do PIB dependerá do cenário para as taxas de juros e câmbio". Mas o mais importante é que esta previsão está muito abaixo do relatório de março do BC, que previa um crescimento de 2,2%, já revisto 0,6% para baixo.

"A interrupção da trajetória de crescimento do PIB no primeiro trimestre de 2003 e os resultados setoriais negativos observados nos indicadores em abril, tanto da indústria como do comércio, confirmaram a tendência de desaceleração do nível de atividade na economia brasileira esboçada ao término do ano passado. Esse comportamento encontra na retração da demanda interna, que se intensificou nos primeiros meses deste ano, seu principal determinante. Adicionalmente, contribuiu para a perda de dinamismo da economia o menor ritmo de expansão das exportações industriais, que se encontravam num patamar elevado após crescerem continuamente ao longo de 2002", afirma o estudo trimestral do BC sobre a inflação. O BC avalia que os seguintes fatores contribuirão para esse resultado, como o ritmo mais lento de crescimento das exportações; a retomada da expansão do nível de atividade econômica nos próximos meses, e a sua intensidade, está condicionada à consolidação da evolução favorável de indicadores internos (inflação, principalmente).

Com a Selic em 26% e com a taxa de cambio em R$ 2,85 por dólar, a trajetória central esperada para a inflação acumulada em doze meses atinge o pico de 17% no segundo trimestre de 2003 e cai continuamente a partir daí. "A inflação projetada para 2003 é de 10,2% e, para 2004, de 4,2%. Num cenário que inclui as expectativas de juros e câmbio esperadas pelo mercado, projetam-se inflações de 10,8% em 2003 e de 6,0% em 2004", afirma o BC no estudo. "A inflação projetada para 2003 está acima da meta ajustada de 8,5%." O dado mais recente das expectativas de inflação 12 meses à frente encontra-se em 7,4%, próximo à trajetória das metas para esses 12 meses à frente, quando aferida em maio de 2003, que é de 7,2%. A trajetória das metas 12 meses à frente, quando aferida em junho de 2003, corresponde a uma inflação de 7%.

O desempenho fiscal nas três esferas de governo continua a apresentar resultados favoráveis, registrando superávit primário de R$ 32,7 bilhões até abril. Esse resultado e a apreciação do câmbio proporcionaram contração de R$ 41,3 bilhões na dívida líquida do setor público, no período, o equivalente a 4,35% do PIB, alcançando 52,2% do PIB.

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