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BC pode ampliar aperto monetário para domar inflação

Carlos Hamilton Araújo sinalizou que o Banco Central poderá ampliar o aperto monetário caso seja necessário

Diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo: "Copom não será complacente com a inflação" (Marcello Casal Jr/ABr)
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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2014 às 17h11.

Florianópolis - O Banco Central poderá ampliar o aperto monetário caso seja necessário para domar a inflação, sinalizou nesta terça-feira o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo.

"O Copom não será complacente com a inflação. Se necessário for, no momento certo, o comitê poderá recalibrar sua ação de política monetária de modo a garantir a prevalência de um cenário benigno para a inflação nos próximos anos", afirmou o diretor ao apresentar o boletim regional, em Florianópolis (SC).

No final do mês passado, o Comitê de Política Monetária (Copom) surpreendeu ao elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, para 11,25 por cento ao ano, num momento em que as apostas eram de manutenção diante da atividade econômica fraca.

Mas a inflação continua acima do teto da meta do governo --de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos--, o que abre caminho para o BC continuar apertando a política monetária.

"O Copom se manterá especialmente vigilante dados os elevados níveis de inflação e o balanço de riscos menos favorável", afirmou ele.

Após as declarações do diretor do BC, as taxas dos contratos de juros futuros mais longos ampliaram as perdas, refletindo a perspectiva de que um aperto monetário mais forte no curto prazo possa abrir espaço para juros mais baixos no futuro.

De acordo com o diretor, a inflação brasileira tende a entrar em convergência para a meta em 2016, acrescentando que com as mudanças de preços relativos, a composição dos indicadores de preços tende a melhorar ao longo do tempo.

A inflação oficial brasileira desacelerou em outubro a 0,42 por cento beneficiada por preços de alimentação e transportes, mas em 12 meses continuou acima do teto da meta, atingindo 6,59 por cento.

Sobre o nível de atividade, Carlos Hamilton comentou que o crescimento da economia brasileira tem ficado abaixo do potencial. Para este ano, o BC projeta expansão de 0,7 por cento, abaixo do crescimento de 2,5 por cento registrado em 2013.

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Florianópolis - O Banco Central poderá ampliar o aperto monetário caso seja necessário para domar a inflação, sinalizou nesta terça-feira o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo.

"O Copom não será complacente com a inflação. Se necessário for, no momento certo, o comitê poderá recalibrar sua ação de política monetária de modo a garantir a prevalência de um cenário benigno para a inflação nos próximos anos", afirmou o diretor ao apresentar o boletim regional, em Florianópolis (SC).

No final do mês passado, o Comitê de Política Monetária (Copom) surpreendeu ao elevar a Selic em 0,25 ponto percentual, para 11,25 por cento ao ano, num momento em que as apostas eram de manutenção diante da atividade econômica fraca.

Mas a inflação continua acima do teto da meta do governo --de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos--, o que abre caminho para o BC continuar apertando a política monetária.

"O Copom se manterá especialmente vigilante dados os elevados níveis de inflação e o balanço de riscos menos favorável", afirmou ele.

Após as declarações do diretor do BC, as taxas dos contratos de juros futuros mais longos ampliaram as perdas, refletindo a perspectiva de que um aperto monetário mais forte no curto prazo possa abrir espaço para juros mais baixos no futuro.

De acordo com o diretor, a inflação brasileira tende a entrar em convergência para a meta em 2016, acrescentando que com as mudanças de preços relativos, a composição dos indicadores de preços tende a melhorar ao longo do tempo.

A inflação oficial brasileira desacelerou em outubro a 0,42 por cento beneficiada por preços de alimentação e transportes, mas em 12 meses continuou acima do teto da meta, atingindo 6,59 por cento.

Sobre o nível de atividade, Carlos Hamilton comentou que o crescimento da economia brasileira tem ficado abaixo do potencial. Para este ano, o BC projeta expansão de 0,7 por cento, abaixo do crescimento de 2,5 por cento registrado em 2013.

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