Economia

BC do Japão precisa manter afrouxamento, diz OCDE

Organização recebeu bem a decisão do banco central de setembro de mudar o foco da política monetária para a taxa de juros

Japão: relatório da OCDE destacou preocupações sobre o setor financeiro e as crescentes limitações da política monetária (Hannah Johnston/Getty Images)

Japão: relatório da OCDE destacou preocupações sobre o setor financeiro e as crescentes limitações da política monetária (Hannah Johnston/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 28 de novembro de 2016 às 10h57.

Tóquio - O Banco do Japão deve manter o afrouxamento monetário até que a inflação esteja acima da meta de 2 por cento, mas deve estar atento às distorções financeiras causadas por suas políticas, disse a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) nesta segunda-feira.

O novo enquadramento político do Banco do Japão lhe dá mais flexibilidade, mas ainda não se sabe se será bem-sucedido e pode ser difícil atingir os rendimentos dos títulos do governo de 10 anos, afirmou a OCDE em seu Relatório Semestral de Perspectivas Econômicas.

Em geral, a OCDE recebeu bem a decisão do banco central de setembro de mudar o foco da política monetária para a taxa de juros, ao invés da impressão de dinheiro, depois que anos de compras maciças de ativos não conseguiram tirar a economia da estagnação.

Mas o relatório da OCDE destacou preocupações sobre o setor financeiro e as crescentes limitações da política monetária.

"O Banco do Japão deve manter o afrouxamento monetário, como pretendido, até que a inflação fique estável acima da meta de 2 por cento, levando em conta os custos e riscos em termos de possíveis distorções financeiras", disse a OCDE no relatório.

O escopo adicional para a política monetária está esgotado sem fortes gastos fiscais e reformas estruturais no Japão e outras economias avançadas, disse a OCDE.

A economia do Japão continuará a crescer nos próximos anos em parte devido aos gastos de estímulo do governo, mas a economia chinesa continua sendo um risco, dado que é o maior mercado de exportação do Japão, segundo a OCDE.

 

Acompanhe tudo sobre:JapãoOCDE

Mais de Economia

Contas externas têm saldo negativo de US$ 3,1 bilhões em novembro

Boletim Focus: mercado eleva estimativa de inflação para 2024 e 2025

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025