Economia

BC diz que continuará “vigilante” sobre riscos da inflação

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC destacou que deve se manter “especialmente vigilante” para reduzir os riscos de níveis elevados de inflação


	Copom: avaliação consta na ata da última reunião do Copom, divulgada hoje
 (Agência Brasil)

Copom: avaliação consta na ata da última reunião do Copom, divulgada hoje (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2013 às 10h19.

Brasília - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) destacou que deve se manter “especialmente vigilante” para reduzir os riscos de que níveis elevados de inflação persistam, como observado nos últimos 12 meses. A avaliação consta na ata da última reunião do Copom, divulgada hoje (17). No último dia 9, o comitê manteve a estratégia de aumento da taxa básica de juros, a Selic, em 0,5 ponto percentual. Atualmente, a Selic, está em 9,5% ao ano. O comitê eleva a taxa Selic quando considera que a inflação está em alta no país.

O Copom também reiterou que “a elevada variação dos índices de preços ao consumidor nos últimos 12 meses contribui para que a inflação ainda mostre resistência”. Segundo o comitê, também contribuem para essa resistência mecanismos formais e informais de indexação (reajustes de preços com base de índices de inflação) e a percepção dos agentes econômicos sobre a dinâmica da inflação.

“Tendo em vista os danos que a persistência desse processo causaria à tomada de decisões sobre consumo e investimentos, na visão do comitê, faz-se necessário que, com a devida tempestividade, o mesmo [efeito] seja revertido”, diz o Copom, na ata. “Nesse contexto, o Copom entende ser apropriada a continuidade do ritmo de ajuste das condições monetárias ora em curso”, acrescentou.

Na ata, o Copom também avalia que a projeção para a inflação de 2013 diminuiu em relação ao valor considerado na última reunião, porém, permanece acima do centro da meta de 4,5% – fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Para 2014, a projeção de inflação recuou em relação ao valor considerado na reunião do Copom de agosto, mas ainda acima da meta de 4,5%.

Na ata, o comitê não divulga os valores de suas projeções para a inflação. No último Relatório de Inflação, divulgado trimestralmente, o BC projeta inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 5,8%, este ano, e em 5,7%, em 2014.

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