Economia

BC da Rússia mantém juros

Banco central citou preocupações com a inflação alta, mas alertou que mais altas podem ser possíveis se a inflação permanecer acima da meta


	Moedas e notas de Rublo: banco central minimizou expectativas de cortes de juros no futuro próximo
 (Andrey Rudakov//Bloomberg)

Moedas e notas de Rublo: banco central minimizou expectativas de cortes de juros no futuro próximo (Andrey Rudakov//Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2014 às 08h24.

Moscou - O banco central da Rússia deixou inalterada sua principal taxa de juros, como esperado, em reunião nesta segunda-feira, citando preocupações com a inflação alta, mas alertou que mais altas podem ser possíveis se a inflação permanecer acima da meta. A decisão deixa a principal taxa de juros em 7,5 por cento, após altas acumuladas de 2 pontos percentuais em março e abril, ligadas à instabilidade financeira provocada pela crise na Ucrânia.

O banco central minimizou expectativas de cortes de juros no futuro próximo, argumentando que não pode afrouxar a política monetária em um momento em que a inflação, que atingiu 7,6 por cento em 9 de junho, permanece bem acima da meta do BC de 5 pro cento para o final de 2014 e sua meta de médio prazo de 4 por cento.

"Levando em conta que a influência da política monetária na economia está distribuída ao longo do tempo, a desaceleração da inflação para a meta de 5,0 por cento em 2014 é improvável", disse o banco em comunicado.

O BC acrescentou que a contínua desaceleração na economia russa tem pouca influência restritiva na inflação já que esta é amplamente provocada por fatores estruturais, citando tendências demográficas desfavoráveis, alta utilização da capacidade, fraco crescimento da produtividade do trabalho e queda do investimento de capital.

O banco estima que o crescimento econômico em 2014 será de 0,4 por cento, abaixo da previsão do governo de 0,5 por cento.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEuropaJurosRússia

Mais de Economia

BID faz acordo com Coreia do Sul e vai destinar US$ 300 milhões em financiamento para América Latina

Alckmin: reforma tributária vai ampliar investimentos e exportações

Brasil tem déficit em conta corrente de US$ 4 bi em junho, mostra Banco Central

Arrecadação federal cresce 11,02% em junho e chega a R$ 208,8 bilhões

Mais na Exame