Economia

BC da Argentina decide cortar taxa básica de juros a 58%

BC afirma que a decisão sobre a taxa mínima da LELIQ é tomada para garantir que as mudanças anunciadas não impliquem um relaxamento das condições monetárias

BC diz que absorverá a liquidez necessária para evitar que a taxa de juros de referência fique abaixo de 58% (Anton Petrus/Getty Images)

BC diz que absorverá a liquidez necessária para evitar que a taxa de juros de referência fique abaixo de 58% (Anton Petrus/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de julho de 2019 às 14h39.

São Paulo — O Banco Central da Argentina (BCRA) decidiu nesta segunda-feira cortar a taxa básica de juros de 62,5%, patamar em que estava na sexta-feira, para 58%. Em comunicado, a entidade diz que, durante o mês de julho, 58% será a taxa mínima para a taxa de juros das Letras de Liquidez (LELIQ).

O BC afirma que, em junho, foi cumprido pelo nono mês consecutivo a meta de base monetária. A média da base monetária foi de US$ 1,341 bilhão, levemente abaixo da meta de US$ 1,343 bilhão. Para melhor administrar as condições de liquidez e contribuir para fortalecer a transmissão da taxa de juros das LELIQ, o BCRA decidiu reduzir em 3 pontos porcentuais a exigência de efetivo mínimo sobre depósitos a prazo fixo. Além disso, diz que entre agosto e outubro a base monetária será reduzida até compensar totalmente o efeito monetário.

Em seu comunicado, o BC afirma que a decisão sobre a taxa mínima da LELIQ é tomada para garantir que as mudanças anunciadas não impliquem um relaxamento das condições monetárias. O BC diz que absorverá a liquidez necessária para evitar que a taxa de juros de referência fique abaixo de 58%. "Esta redução na taxa mínima está em linha com a redução na taxa de inflação que vem se registrando nos últimos meses e que, de acordo com o Levantamento de Expectativas de Mercado, espera-se que continua em julho."

O BC ainda reafirmou sua decisão de manter os limites mínimos da zona de referência cambial em 39,755 e 51,448 pesos argentinos por dólar até 31 de dezembro. "A política de intervenção cambial anunciada em abril para o período entre abril e junho se estende para o mês de julho", diz a nota.

As decisões foram tomadas de modo unânime pelos dirigentes, diz o comunicado da instituição comandada por Guido Sandleris.

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