Economia

BC britânico indica alta de juros em 2015 e eleva previsão

Aumentos das taxas de juros em linha com as expectativas atuais do mercado parecem ser consistentes com a manutenção da inflação perto de meta de 2%


	Banco da Inglaterra: inflação desacelerou de forma inesperadamente rápida para sua meta de 2% e o BC disse esperar que ela chegue a 1,7% até março, antes de permanecer perto de 2% nos próximos dois anos
 (Dan Istitene/Getty Images)

Banco da Inglaterra: inflação desacelerou de forma inesperadamente rápida para sua meta de 2% e o BC disse esperar que ela chegue a 1,7% até março, antes de permanecer perto de 2% nos próximos dois anos (Dan Istitene/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2014 às 08h06.

Londres - O banco central britânico indicou nesta quarta-feira que as taxas de juros podem ter que ser elevadas em pouco mais de um ano depois de revisar para cima suas estimativas de crescimento econômico ao longo dos próximos três anos.

Em uma revisão trimestral de suas estimativas econômicas, o banco central disse que aumentos das taxas de juros em linha com as expectativas atuais do mercado parecem ser consistentes com a manutenção da inflação perto de sua meta de 2 por cento. O BC disse que os mercados precificaram uma primeira alta no segundo trimestre de 2015.

Ele destacou que altas dos juros seriam graduais, e que o nível máxima da taxa de juros britânica deve acabar bem abaixo da média de 5 por cento de antes da crise financeira.

"Quando a taxa bancária de fato começar a subir, o caminho apropriado para eliminar as folgas nos próximos dois a três anos e manter a inflação perto da meta deve ser gradual", disse o BC.

O BC britânico tem sido forçado a fazer uma declaração sobre quando e como pretende elevar as taxas de juros devido à inesperada queda do desemprego desde que o presidente da entidade, Mark Carney, fez uma primeira tentativa com a orientação futura em agosto.

Pouco depois de chegar do Canadá, Carney convenceu os outros oito formuladores de política do BC a fazer uma promessa sem precedentes de deixar os juros inalterados até que o desemprego caia a 7 por cento, o que para o BC levaria três anos.

Cerca de seis meses depois, porém, o desemprego está em 7,1 por cento, e o BC estima que tenha chegado a 7 por cento nos três meses até janeiro e caia a 6,5 por cento no início do próximo ano.

O BC ainda revisou para cima sua estimativa de crescimento em 2014 para 3,4 por cento, ante 2,8 por cento, mais otimista do que a maioria dos economistas. Segundo o BC, isso se deve ao fato de em parte acreditar que a Agência Nacional de Estatísticas subestimou o crescimento do quarto trimestre.

A inflação desacelerou de forma inesperadamente rápida para sua meta de 2 por cento e o BC disse esperar que ela chegue a 1,7 por cento até março, antes de permanecer perto de 2 por cento nos próximos dois anos.

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