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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h28.
A globalização e seus descontentes dominaram as discussões do 32o Fórum Econômico Mundial. Realizado pela primeira vez em Nova York, entre 31 de janeiro e 4 de fevereiro, o evento, tradicionalmente sediado em Davos, nos Alpes suíços, foi o maior e mais impactante de sua história. Durante cinco dias, um exército de 2,7 mil dos mais ricos, poderosos, talentosos e influentes líderes do planeta cumpriram uma maratona de debates, conferências, reuniões secretas e festas, tendo o hotel Waldorf Astoria como endereço principal. Ostentando estrelas como Bill Gates, o economista Paul Krugman, a rainha Rana, da Jordânia, e o cantor Bono, do grupo de rock U2, o fórum fez manchetes em todo o mundo. Em média, cada participante pagou 25 mil dólares para discutir o futuro do planeta. Do lado de fora, perto de 4 mil policiais guardavam o hotel e a região central de Manhattan. Mas a calma prevaleceu entre os cerca de 7 mil manifestantes.
Criado e dirigido desde 1971 pelo professor de administração suíço Klaus Schwab, o evento, promovido por uma fundação apartidária e sem fins lucrativos, tem se tornado mais amplo ao longo dos anos. Se por um lado é verdade que tudo o que se tratou terá um caráter apenas consultivo para governos, empresas, universidades e ONGs, por outro é de esperar que, dado o volume e a densidade da massa crítica reunida no Waldorf Astoria, as conclusões teóricas avancem para a prática. "Tenho certeza de que o que se diz aqui será ouvido de Washington a Pequim", disse Fred Bergsten, diretor do Instituto de Estudos Econômicos Internacionais de Washington. E o que se disse?
O FÓRUM ECONÔMICO
ESTRELAS: Gerhard Schröder (chefe de governo alemão); Bill Clinton (ex-presidente dos EUA); Colin Powell (secretário de Estado dos EUA); Bill Gates (presidente da Microsoft); Kofi Annan (secretário-geral da ONU)
E TAMBÉM: Bono Vox (roqueiro); Paulo Coelho (mago-escritor)
MANIFESTANTES: 7 mil pessoas
POLICIAIS: 4 mil
TEMPERATURA: de -3 a 10 graus