Economia

Barros defende lei que limite despesa pública nominal

Para economista-chefe do Bradesco, outro elemento fundamental para aumentar credibilidade do Brasil perante investidores é independência formal do Banco Central


	Octavio de Barros, economista-chefe do Bradesco: ele destacou a importância de um aumento expressivo do comércio exterior
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Octavio de Barros, economista-chefe do Bradesco: ele destacou a importância de um aumento expressivo do comércio exterior (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2014 às 15h28.

São Paulo - O economista-chefe do Bradesco, Octávio de Barros, afirmou nesta quarta-feira, 09, durante evento pelo Bradesco BBI, que o Brasil é um dos países emergentes que historicamente os investidores têm menor tolerância em relação a "desvios" de política macroeconômica.

Nesse contexto, ele acredita que há fatores que podem ajudar a melhora da confiança desses agentes em relação ao país. "Devemos ter coragem de conseguir uma lei que crie teto para a despesa pública nominal", destacou.

Segundo ele, um outro elemento fundamental para aumentar a credibilidade do Brasil perante investidores é a independência formal do Banco Central.

"Estamos jogando juros fora porque ainda não temos essa condição", disse. "A independência do BC teria dimensão institucional similar à do Plano Real", disse.

Além de defender o avanço da produtividade no país, especialmente com o incremento substancial da infraestrutura, Octávio de Barros destacou a importância de um aumento expressivo do comércio exterior.

"O Brasil precisa se libertar do Mercosul, que faz gol contra", disse. Ele defendeu uma ampliação das relações econômicas com outras regiões do planeta.

Barros fez ainda uma defesa da melhora dos padrões sociais e econômicos desde o fim do século passado. "Ocorreu um aburguesamento do Brasil nos últimos 15 anos, o que elevou demanda qualitativa da população, inclusive por serviços, como transporte", destacou.

Octávio de Barros afirmou que há um cenário favorável para a expansão do crescimento global. Para ele, boa parte do incremento da demanda agregada no planeta neste ano será puxada pelos EUA e China.

Ele estima que em 2014 o PIB do primeiro país deverá avançar 2,6%, enquanto que para o segundo, o economista prevê uma alta 7,4%. "E isso é bom, pois o Brasil tem uma dependência química da China", destacou, referindo-se ao principal país importador de produtos nacionais.

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