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Barreiras da Argentina têm reflexos no emprego no país

Nos cinco primeiros meses deste ano, setores prejudicados pelas restrições fecharam 3.892 vagas, sendo que o País continua gerando novos empregos formais

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner: as exportações brasileiras para a Argentina caíram 11% de janeiro a maio deste ano (Alejandro Pagni/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2012 às 19h05.

Brasília - O coordenador geral de Imigração do Ministério do Trabalho, Paulo Sérgio de Almeida, disse nesta segunda-feira que as barreiras impostas pela Argentina ao comércio bilateral não só prejudicam as exportações, mas também têm reflexo no mercado brasileiro de trabalho.

Segundo ele, que participou de uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado sobre as barreiras comerciais argentinas, os setores mais afetados pelas medidas do país vizinho estão fechando postos de trabalho no Brasil. Almeida disse que a indústria de calçados, abate de suínos, fabricação de tratores, caminhões, autopeças, motocicletas e de equipamentos de transportes ampliaram em 29.682 os postos de trabalho de janeiro a maio de 2011. Nos cinco primeiros meses deste ano, esses setores fecharam 3.892 vagas, sendo que o País continua gerando novos empregos formais. "De maneira geral, todos os setores estão gerando emprego. A indústria também gerou emprego e estes setores têm sofrido prejuízo no emprego", disse.

A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Prazeres, disse, durante a audiência pública, que as exportações brasileiras para a Argentina caíram 11% de janeiro a maio deste ano. "Isso nos preocupa de maneira acentuada e incentiva o engajamento no diálogo com o setor privado brasileiro e com o governo argentino para tirarmos as barreiras que dificultam o comércio", afirmou.

Ela destacou, no entanto, que o momento econômico ruim, vivido pelo País vizinho, tem prejudicado o comércio com todos os parceiros e não só com o Brasil. Tatiana destacou que houve uma queda substancial no superávit da balança brasileira com a Argentina, mas ainda há um saldo de US$ 1,2 bilhão favorável ao Brasil. "O comércio não está parado, mas as barreiras estão aumentando. Os problemas se avolumaram no último ano. Não estamos satisfeitos com a evolução do comércio. Por isso, temos um trabalho permanente com o governo argentino", disse a secretária.

Tatiana garantiu que o MDIC continuará empenhado nas negociações enquanto tiver uma empresa prejudicada pela política argentina. O maior esforço é garantir uma previsibilidade no comércio bilateral.

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Brasília - O coordenador geral de Imigração do Ministério do Trabalho, Paulo Sérgio de Almeida, disse nesta segunda-feira que as barreiras impostas pela Argentina ao comércio bilateral não só prejudicam as exportações, mas também têm reflexo no mercado brasileiro de trabalho.

Segundo ele, que participou de uma audiência pública na Comissão de Direitos Humanos do Senado sobre as barreiras comerciais argentinas, os setores mais afetados pelas medidas do país vizinho estão fechando postos de trabalho no Brasil. Almeida disse que a indústria de calçados, abate de suínos, fabricação de tratores, caminhões, autopeças, motocicletas e de equipamentos de transportes ampliaram em 29.682 os postos de trabalho de janeiro a maio de 2011. Nos cinco primeiros meses deste ano, esses setores fecharam 3.892 vagas, sendo que o País continua gerando novos empregos formais. "De maneira geral, todos os setores estão gerando emprego. A indústria também gerou emprego e estes setores têm sofrido prejuízo no emprego", disse.

A secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Prazeres, disse, durante a audiência pública, que as exportações brasileiras para a Argentina caíram 11% de janeiro a maio deste ano. "Isso nos preocupa de maneira acentuada e incentiva o engajamento no diálogo com o setor privado brasileiro e com o governo argentino para tirarmos as barreiras que dificultam o comércio", afirmou.

Ela destacou, no entanto, que o momento econômico ruim, vivido pelo País vizinho, tem prejudicado o comércio com todos os parceiros e não só com o Brasil. Tatiana destacou que houve uma queda substancial no superávit da balança brasileira com a Argentina, mas ainda há um saldo de US$ 1,2 bilhão favorável ao Brasil. "O comércio não está parado, mas as barreiras estão aumentando. Os problemas se avolumaram no último ano. Não estamos satisfeitos com a evolução do comércio. Por isso, temos um trabalho permanente com o governo argentino", disse a secretária.

Tatiana garantiu que o MDIC continuará empenhado nas negociações enquanto tiver uma empresa prejudicada pela política argentina. O maior esforço é garantir uma previsibilidade no comércio bilateral.

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