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Barbosa assume Fazenda para resgatar discurso de crescimento

Dilma, numa solução caseira, também decidiu que o atual ministro da Controladoria-Geral da União, Valdir Simão, assumirá o Planejamento no lugar de Barbosa

Nelson Barbosa: a saída de Levy havia sido acertada para um pouco mais tarde, mas a presidente resolveu acelerar o processo (José Cruz/ Agência Brasil/ Fotos Públicas)
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Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2015 às 18h36.

Brasília - Numa clara sinalização de que quer fazer mudanças na política econômica, a presidente Dilma Rousseff escolheu Nelson Barbosa para assumir o comando do Ministério da Fazenda , substituindo Joaquim Levy , que ficou na pasta por apenas um ano.

Barbosa é atualmente o ministro do Planejamento e vai trocar de pasta com o objetivo de ampliar o discurso sobre a necessidade de organizar as contas públicas para incluir também esforços voltados ao crescimento e resgatar a confiança de empresários e famílias.

Dilma, numa solução caseira, também decidiu que o atual ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Valdir Simão, assumirá o Planejamento no lugar de Barbosa. Os ministros assumem as novas pastas no início da próxima semana.

A saída de Levy havia sido acertada para um pouco mais tarde, mas a presidente resolveu acelerar o processo porque o ministro começou a dar sinais públicos de que estava deixando o governo.

Desagradou Dilma também o fato de Levy ter trabalhado nos bastidores contra a meta de superávit primário mais flexível em 2016.

Na véspera, o Congresso aprovou uma meta menor, de 0,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), ante 0,7 por cento defendida por Levy, mas barrou a possibilidade de descontos, como inicialmente queria o Executivo.

Enquanto Barbosa queria reduzir o objetivo e abrir a possibilidade de abatimento --que, na prática, zeraria a meta--, Levy defendia que ela não deveria ser mexida, reforçando seu discurso basicamente voltado para a área fiscal.

Segundo uma fonte do governo, o discurso de Levy voltado apenas para ajustes fiscais não agradava mais a presidente, que quer também declarações voltadas para o crescimento.

Por meio da sua assessoria de imprensa, o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, argumentou que a mudança de ministro da Fazenda não significa o fim do ajuste fiscal, e que o governo vai insistir em concluir a votação das medidas que estão no Congresso e na aprovação da CPMF em 2016.

Também afirmou que o governo dará continuidade às reformas necessárias à economia.

Diante do constante vaivém do alvo da economia para pagamento dos juros da dívida pública, o Brasil perdeu o grau de investimento pelas agências de classificação de risco Fitch e Standard & Poor's.

A ida de Barbosa para o Ministério da Fazenda não agradou os mercados, que acreditam que o ajuste fiscal pode ser colocado de lado.

A Bovespa despencou quase 3 por cento, enquanto que o dólar futuro saltou 2,5 por cento sobre o real.

"Já se imaginava que a reação do mercado seria ruim. Mas o que se diz do ministro é errado. Não se vai abandonar o ajuste fiscal, que é essencial para o país", afirmou uma outra fonte do Palácio do Planalto, sob condição de anonimato.

Levy chegou a admitir pela manhã, durante café da manhã com jornalistas, que havia conversado com a presidente Dilma sobre sua saída do governo.

Segundo o Palácio do Planalto, assume interinamente como Ministro da CGU, Carlos Higino Ribeiro de Alencar.

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Brasília - Numa clara sinalização de que quer fazer mudanças na política econômica, a presidente Dilma Rousseff escolheu Nelson Barbosa para assumir o comando do Ministério da Fazenda , substituindo Joaquim Levy , que ficou na pasta por apenas um ano.

Barbosa é atualmente o ministro do Planejamento e vai trocar de pasta com o objetivo de ampliar o discurso sobre a necessidade de organizar as contas públicas para incluir também esforços voltados ao crescimento e resgatar a confiança de empresários e famílias.

Dilma, numa solução caseira, também decidiu que o atual ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Valdir Simão, assumirá o Planejamento no lugar de Barbosa. Os ministros assumem as novas pastas no início da próxima semana.

A saída de Levy havia sido acertada para um pouco mais tarde, mas a presidente resolveu acelerar o processo porque o ministro começou a dar sinais públicos de que estava deixando o governo.

Desagradou Dilma também o fato de Levy ter trabalhado nos bastidores contra a meta de superávit primário mais flexível em 2016.

Na véspera, o Congresso aprovou uma meta menor, de 0,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), ante 0,7 por cento defendida por Levy, mas barrou a possibilidade de descontos, como inicialmente queria o Executivo.

Enquanto Barbosa queria reduzir o objetivo e abrir a possibilidade de abatimento --que, na prática, zeraria a meta--, Levy defendia que ela não deveria ser mexida, reforçando seu discurso basicamente voltado para a área fiscal.

Segundo uma fonte do governo, o discurso de Levy voltado apenas para ajustes fiscais não agradava mais a presidente, que quer também declarações voltadas para o crescimento.

Por meio da sua assessoria de imprensa, o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, argumentou que a mudança de ministro da Fazenda não significa o fim do ajuste fiscal, e que o governo vai insistir em concluir a votação das medidas que estão no Congresso e na aprovação da CPMF em 2016.

Também afirmou que o governo dará continuidade às reformas necessárias à economia.

Diante do constante vaivém do alvo da economia para pagamento dos juros da dívida pública, o Brasil perdeu o grau de investimento pelas agências de classificação de risco Fitch e Standard & Poor's.

A ida de Barbosa para o Ministério da Fazenda não agradou os mercados, que acreditam que o ajuste fiscal pode ser colocado de lado.

A Bovespa despencou quase 3 por cento, enquanto que o dólar futuro saltou 2,5 por cento sobre o real.

"Já se imaginava que a reação do mercado seria ruim. Mas o que se diz do ministro é errado. Não se vai abandonar o ajuste fiscal, que é essencial para o país", afirmou uma outra fonte do Palácio do Planalto, sob condição de anonimato.

Levy chegou a admitir pela manhã, durante café da manhã com jornalistas, que havia conversado com a presidente Dilma sobre sua saída do governo.

Segundo o Palácio do Planalto, assume interinamente como Ministro da CGU, Carlos Higino Ribeiro de Alencar.

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